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A sala estava um pouco bagunçada.Minhas anotações ainda estavam empilhadas sob a mesa de centro, e havia marcas de copo no tampo de vidro da mesa. Minha mãe vai surtar quando ver isso. Os jornais de Domingo estavam espalhados pela mesa de jantar - normalmente iam para o lixo em algum momento depois de quarta feira - e havia três caixas de dvd com os respectivos conteúdos espalhados pelo chão a frente da Tv.

Fiquei parado na entrada, com os braços cruzados. Poderia dar uma rápida arrumada, mas abriria um precedente perigoso.Se aquele Harry fosse aparecer regularmente, - pensamento positivo - eu não queria ter que arrumar tudo todas as vezes. Então tirei os jornais da mesa onde iríamos estudar e pronto.

Ah, também enchi a chaleira e abri um pacote de biscoitos. Minha mãe ficará orgulhosa - na verdade ficaria chocada e estarrecida; a casa dela não podia receber visitas até que noventa por cento da atmosfera consistisse de lustrar móveis -. Ainda bem que ela saiu com Dan e as crianças hoje!

Olhei meu celular quando 9h59 se transformou em dez horas e, sem brincadeira, a campainha tocou exatamente naquele instante. Eu não sabia se esse TOC em relação ao horário significaria que ele era um excelente professor particular, ou se ele me acharia um maluco incorrigível. Só havia um jeito de descobrir.

Fiz o esforço de não correr para abrir a porta para não acabar caindo. Ao abri a tranca, dei risada de um jeito ligeiramente exagerado ao imaginar Styles me encontrando no chão com passarinhos voando em volta da minha cabeça. O que obviamente significou que sua primeira impressão de mim foi a de um garoto que ria que nem louco. Ponto para mim!

Vi ele dar um sorriso meio confuso antes de dizer:

- Oi...Louis? - Com espanto percebi que Harry Styles era apenas alguns anos mais velho que eu e sim, era mesmo um gato. Era bem maior que eu, o que não é bem difícil, cabelos castanho claro cacheado, que batia na altura de seus ombros e olhos verdes, lindos por sinal.

Ele vestia uma calça skynne preta de cintura baixa que valorizava suas coxas - e que coxas hein... Louis! - e vestia uma camisa azul claramente vintage ou de segunda mão. Nós pés botas também pretas. Tinha cara que gostava de rock alternativo. Nenhum pouco do meu tipo, qualquer que fosse.

- Sim, oi Harry. Muito prazer. - Demos um aperto de mãos e, por algum motivo tive que me segurar para não ficar olhando para a diferença de tamanho de nossas mãos. Sorri. - Entre!

Ele deu um sorriso meigo em resposta. ELE TEM COVINHAS, ALGUÉM ME SEGURA!

Suspirei tentando me acalmar e o levei até a mesa de jantar.

- Acho que aqui é o melhor lugar... Então, hum... Sente-se. Quer um chá?

Ele começou a tirar coisas da bolsa. Sem levantar o olhar para mim.

– Só se você já estiver fazendo.

- Estou sim! - disse.

- Ótimo, obrigado. - Olhou para mim e deu mais um sorriso meigo com direito a covinhas, acho que vou derreter. - Com leite e sem açúcar, por favor!

- Tudo bem. - Observei-o se ocupar com cadernos e canetas, e depois me sentindo um pouco desanimada, fui para a cozinha. Fiz uma cara de para meu reflexo no microondas.

O que você esperava Louis? Você é um aluno de colégio prestes a repetir. Sexy.

Contrai meus lábios para a imagem no vidro fosco do microondas. O que os outros enxergavam quando me viam? As pessoas contumavam me dizer sobre a sorte que eu tinha de ter uma bunda grande e coxas grossas, como se meu corpo fosse o único pré-requisito.

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