365 Dias de Amor (O "felizes para sempre")

Capítulo 10

Dias depois.

Alfonso estava deitado sobre a sua cama, o sono quase o abandonando e a mente tomando lucidez. Ainda de olhos fechados, lembrou-se da noite passada e esticou o braço pela cama, na expectativa, mas a encontrou vazia. Ele então abriu os olhos e lembrou-se do dia anterior, que havia sido o seu aniversário. Não houve grandes comemorações por vontade dele, e assim passara o dia com sua família, e a noite era como sempre terminava, somente Anahí e ele. Vendo então o lugar ao seu lado vazio lembrou-se do terrível pesadelo que tivera há um ano, no seu aniversário anterior. Fora terrível, apesar de ter parecido tão real. E aconteceram tantas coisas desde que tivera aquele doloroso sonho. Sua vida mudara outra vez, e sempre para melhor. Um ano se passou, 365 dias se passaram e só o que ele podia sentir era felicidade, por todo o amor que sentia em seu peito.

E ao constatar isso, ouviu o som que mais lhe irritava no mundo, o salto alto de Anahí contra o chão.

Alfonso: Meu Deus, isso é um pesadelo? -resmungou contra o travesseiro-

Anahí: Não amor, é apenas eu voltando ao trabalho. -respondeu, ajeitando os cabelos em um coque-

Alfonso: Mas já? -perguntou desanimado-

Anahí: Está sendo necessário. -disse com um suspiro-

Alfonso: E o bebê? -perguntou preocupado. Ele também já voltara ao trabalho e sem gravações, dedicava-se aos restaurantes-

Anahí: O que você acha? -falou com um sorriso- Irá comigo. -respondeu, lembrando-se da cara de seus funcionários quando chegara anos atrás na empresa carregando um bebê conforto-

Enzo já estava com seus cinco meses, e era uma explosão de fofura. Era um bebê risonho e sua risada ecoava por toda a casa. Era encantador, e não havia ninguém no mundo que não se apaixonasse por esse pequeno galanteador, como Alfonso mesmo o chamava sempre que ele roubava a atenção de todas as mulheres da casa para si.

As meninas cada vez mais apegadas ao irmão e felizes com a formação da nova família. Sven cresceu, Deus, como estava enorme! Anahí quase matou Alfonso por ter conseguido um cachorro tão grande e desastrado, mas que também era um amor de bicho, e sempre estava no meio deles, participando do que fosse, até mesmo quando todos estavam no jardim brincando com a cesta que Alfonso colocaram meses atrás, tentando pegar a bola de basquete entre as meninas e Alfonso, que participava com Enzo em seu cangote, e Anahí sempre ajudando Louisa e Mariah a chegarem na cesta.

Ainda naquele dia, tomaram café da manhã todos juntos. As meninas uniformizadas estavam sentadas a mesa, comendo, Anahí em seu lugar na cabeceira e com o filho entre ela e Alfonso, dormindo em seu carrinho. E enquanto comiam, os dois conversavam com as meninas, animadas, como eram em todas as manhãs.

Anahí: Terá fadas, unicórnios, estrelas, e tudo o que você quiser. -falou a Louisa-

Louisa: Falta muito para acontecer? -perguntou com os olhos brilhando-

Anahí: Só mais algumas semanas. -respondeu sorrindo para a menina- Mas vai passar voando, você vai ver.

Mariah: Eu quero uma fada! -se pronunciou na conversa-

Anahí: Terá mais que isso, meu amor. Você será uma. -respondeu vendo o sorriso da filha aumentar-

Alfonso: Você quer deixá-las loucas antes da hora? -sussurrou no ouvido de Anahí-

Anahí: Não seja chato, amor. -respondeu revirando os olhos- Ou eu acabo colocando você de príncipe! -falou, rindo ao ver a reação dele-