continuação
Certa vez, nós estávamos conversando e ele me perguntou novamente o que ele deveria fazer em relação a falta de tranquilidade em sua vida, e naquele momento eu pensei na possibilidade dele ser louco, e estava alucinando. As chances de um louco procurar conversar com pessoas do meu trabalho são muito mínimas, mas não inexistentes. Foi então que eu dei-lhe a ideia de que eles eram imaginários, que era apenas ignorá-los, tirá-los da sua mente, acabar com eles. E então ele me disse que iria ignorá-los, que acabaria com aquilo de uma vez por todas.
Essa foi uma das últimas conversas normal que nós tivemos.
Dois dias depois ele me mandou uma mensagem dizendo:
-Foi tudo culpa sua.
E eu perguntei o que aconteceu, e ele continuou:
-Você quem me disse que eles não eram reais. Eu os matei assim como você mandou. Eu matei meus filhos e minha esposa.
E eu pedi para ele parar, mas a única que ele me respondeu foi:
-Você vai pagar por tudo o que você fez eu fazer, Shyna.
Eu me demiti, e implorei para que nunca, em circunstancia nenhuma, divulgassem pelo menos o meu apelido para alguém. E assim eles fizeram, já que era uma regra da empresa não divulgar nada pessoal de nenhuma das meninas que trabalhavam ali.
Durantes alguns anos eu vivi tranquila, quase me esquecendo daquela história. Mas admito que talvez eu sentisse um pouco de receio pelo que ele tinha me dito, me sentia culpada. Mas já não era mais um problema meu. Ele poderia ter mentido, e se fosse verdade talvez já tivesse sido preso, internado em uma clínica psiquiátrica, ou até mesmo morrido.
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Noites Do Medo
HorrorHistórias de terror inspiradas em fatos reais, e todas vividas na minha cabeça. 6 histórias até o momento. O livro foi publicado e pode ser encontrado no link bio.uiclap.com.br/Batalde Contendo o final das histórias.
