O Orfanato part. final

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continuação

Ele os ouviu, e com a mesma faca que amolara cortou o pescoço de Daniel, o que fez com que sua cabeça descolasse do corpo num só golpe. Foi quando Raquel começou a chorar, gritar e correr de desespero em direção ao sétimo andar, como não havia como voltar. Então percebeu que chegava sempre no mesmo lugar, o sexto andar. Ela corria, subia as escadas... sexto andar. Corria e subia mais escadas... sexto andar. Era assim, não existia o sétimo.

Ao não ouvir mais barulho nenhum atrás de si, resolveu voltar ao início do orfanato para se safar, mas mesmo sem fazer nenhum alarme, levou uma pancada na cabeça e desmaiou.

Quando acordou, estava no segundo andar, e correu o máximo que pôde para sair dali. Mas ao chegar ao primeiro andar viu o que menos desejava: ela estava sozinha.

Avistou ali o corpo morto e caído de Clarice.

Aos prantos e desespero saiu correndo da casa e contou tudo ao Thomas, que não acreditou nela e a chamou de louca, pois Clarice e Raquel haviam saído de lá faziam horas e já estavam com seus cinquenta reais.

Ela sabia que não estava louca, ela não podia estar.

Tobias a levou para casa, onde ela se acalmou. Mas após seu banho, na hora de guardar suas roupas, caiu de sua calça um pedaço de papel no qual havia escrito o seguinte bilhete:

Obrigado por escolher travessura, fazia tempo que não nos divertíamos assim. Até a próxima!

Ao terminar de ler se desesperou, ligou para a polícia e relatou todo o ocorrido, mas a única coisa que fizeram foi colocá-la em um manicômio.

Até hoje ela recebe visitas diárias das crianças e daquele homem, mas é a única que os consegue ver.

Você pode até não acreditar no sobrenatural, mas ele acredita em você, e pode crer que ele fará de tudo para te provar que ele existe, e o pior é que ainda vai conseguir fazer você se passar por louco.

Ah, e lembre-se: faça bem suas escolhas.

Noites Do MedoOnde histórias criam vida. Descubra agora