Noites Do Medo

O Pesadelo part. 2

continuação

Meu gato ficou extremamente estranho após a mudança. Não aceitava mais o meu carinho, procurava ficar longe, me olhava de forma assustada, o que eu nunca entendi.

Passados cinco meses que eu morava ali, eu comecei a ter pesadelos com palhaços, todos com o pescoço torto, no qual me levavam para uma floresta e me amarravam em uma cruz torta, e me torturavam psicologicamente, me dizendo que eu era o culpado de tudo, e com objetos cortantes e mal afiados, o que me causava dores insuportáveis mesmo sendo apenas um sonho. Do nada sumiam e voltavam com ainda mais variações de instrumentos do tipo. Mas mesmo com tudo isso, era de se perceber de que queriam ver o meu sofrimento e não a minha morte, não no momento.

Enquanto uns voltam a dormir para tentar continuar certos sonhos, eu evitava por apenas não querer saber como aquele pesadelo acabava.

Então a pior e mais longa madrugada da minha vida começou.

Eu estava em mais um daqueles pesadelos, mas dessa vez o cenário não era a mesma cruz na floresta como sempre, e sim o meu próprio quarto, mas tão bagunçado que parecia ter ocorrido um furacão ali dentro.

O relógio marcava exatamente 3:00 da madrugada, e mesmo acostumado com esses sonhos, eu ainda tinha medo da realidade que me passava.

Muitas vezes vizinhos reclamavam dos meus gritos histéricos ao acordar assustado, mas nunca acreditavam nas minhas explicações.

Os palhaços apareceram, e, como de costume, começaram as torturas. Mas dessa vez, havia uma desejo maior, não seria apenas uma tortura qualquer, eu iria presenciar a minha morte.

Com ferimentos cada vez piores, eu gritava mesmo não querendo, por apenas não aguentar a dor.

Ao olhar o relógio era sempre o mesmo horário, três da manhã, e o tempo não avançava se quer um segundo. Até o momento em que eles sumiram, provavelmente para pegar outras ferramentas de tortura, onde meu gato finalmente chegou perto de mim, e me ajudou a escapar rasgando as cordas que me prendiam na cabeceira de minha cama. E como nunca na vida, eu corri, pois agora eu sabia que não era apenas um sonho.

Realmente, a minha casa inteira estava bagunçada, com quase todos os moveis derrubados e muitos quebrados, e ao ouvir um barulho em meu quarto soube que eles tinham voltado, e com certeza se me encontrassem eu não viveria mais, e teria a pior e mais dolorosa morte que alguém já imaginara alguma vez.