Noites Do Medo

O Orfanato part. 2

continuação

Os três entraram na casa sem medo nenhum, pois realmente não acreditavam que aconteceria alguma coisa.

No primeiro andar eles acharam de boa, porque havia muitas janelas, e as luzes da rua iluminavam bastante o lugar.

No segundo andar, por faltar de janelas, era um pouco mais escuro, mas não foi o que os impediu de continuar a subir.

Foi no terceiro andar onde as coisas começaram a ficar estranhas. Havia uns 3 corpos de pessoas mortas no chão, mas eles deram uma risada falsa, e continuaram a subir, imaginando que eram corpos de mentira exatamente para assustar quem tentasse entrar na casa.

Já no quarto andar, as coisas pioraram ainda mais. Parecia um laboratório de tantas ferramentas cirúrgicas que tinham ali, também havia mais de 20 cadáveres jogados no chão. E foi quando realmente começaram a se assustar.

Pensaram em desistir, mas era como se estivessem hipnotizados e sem o controle próprio de seus movimentos.

Quando eles estavam subindo para o quinto andar, começaram a ouvir risadas de crianças, e Clarice desistiu. Ela usou as forças que a adrenalina produzida para a sua sobrevivência lhe cedeu para descer chorando e correndo as escadas, e a partir dai era só Raquel e Daniel.

Chegando ao quinto andar, parecia que eles estavam no maior necrotério do mundo. Havia mais de 100 corpos, e estava extremamente escuro, mas claro o suficiente para enxergar as manchas de sangue nas paredes e chão. Daniel passou mal, e acabou vomitando. Então, eles ouviram gritos, e não pareciam ser gritos de uma pessoa só.

Decidiram continuar, afinal, faltavam apenas dois andares, e nada de sobrenatural havia acontecido até o momento, ainda crendo na possibilidade de tudo ser de mentira e estar ali por conta da data comemorativa.

Eles estavam prestes a chegar ao sexto andar, quando ouviram um grito que parecia vim do primeiro, um grito familiar, feminino. Acharam que poderia ter sido a Clarice, mas pensaram que ela já deveria ter saído dali. Então ouviram um barulho de alguém indo a sua direção, e ficaram sem reação. Resolveram que rapidamente correriam para o sexto andar o mais rápido possível, mas haviam dois corredores, e eles tinham que escolher um dos dois, assim eles torceriam para que quem fosse que estivesse indo não os vessem ou não fosse para aquele mesmo lugar. E tiveram realmente muita sorte, pois ninguém passou por lá. NINGUÉM!

Eles entraram em uma sala que ficava naquele andar, e era a única forma de passar para o sétimo. Mas viram um homem exageradamente sujo, velho, estranho, encharcado de sangue e horrendo afiando uma faca com o auxilio da única luz que vinha de uma janela que havia naquele quarto. Foi quando eles se deram conta de que o psicopata nunca tinha sido encontrado porque ele nunca tinha saído de lá.

Mas como ele vivera tantos anos?

Eles evitaram fazer barulho para conseguir passar, mas realmente não sabiam o porquê de estarem fazendo aquilo. Eles realmente queriam sumir dali. Eram apenas 50 reais, cara!