🏆 1° Lugar no Gold Winners
Milan Colya é um garoto apesar do nome.
Sua personalidade muda após perder Felicity, porém, vivendo uma vida não tão excitante, ele recebe um convite para ir a Hogwarts. Um trouxa indo para a melhor escola de m...
Acordei hoje, e a última coisa que eu queria era ir para escola. Não aguento mais essas pessoas. Por que a vida não é um pouco mais fácil? Seria pedir muito? Afinal. Desculpa, qual seu nome mesmo? Sou péssimo com nomes. Pode falar aí no seu pensamento mesmo. Eu sei que você está me ouvindo no seu também. Muito prazer!
Espero que eu esteja agindo certo. Faz tanto tempo que não faço isso com as pessoas, que devo ter perdido o costume já. Não! Não precisa ficar sentindo isso por mim também, sério. Já disse que eu estou fazendo isso porque minha psiquiatra me pediu. Lembra? Mas enfim.
O dia estava completamente normal até eu ouvir aquelas mesmas vozes vindo atrás de mim. Era Cullar. Rodrigo Cullar, repetente do terceiro ano. Fechei meus olhos, franzi a testa, encolhi os ombros.. PAH! Ouvi o estalo da mão batente em minha nuca.
— Olha por onde anda, trouxa! — ainda de costa, cerrei os pulsos. Era um lindo dia para quebrar um nariz. Virei olhando seriamente para ele — O que foi Milan? Sua mãe não tinha um nome melhor para você, não? — ele riu comprimentando seus amigos, enquanto eu segurava minha raiva.
— Você encostou em mim de novo, Cullar! — disse refrescando sua memória das outras vezes.
— Olha gente, a moça sabe falar! — apontava para mim rindo — E o que você quer que eu faça? Encoste em você de novo? Seria um prazer!
— Se eu não encostar em você antes! E se isso acontecer, você teria duas opções. Morrer aqui, ou no hospital. Você escolhe! — continuei sem me mover. Os garotos provocavam Cullar. Ouvi uma porta abrindo com força perto de nós.
— Posso saber o que está acontecendo aqui? — diretora Karmen interveio — Rodrigo, Milan, vão para suas salas, por favor. — encarou Cullar por mais tempo.
Todos os dias são assim. Sempre me atazanando de alguma forma. Mas hoje eu realmente queria descontar essa raiva que tanto sinto. Não me pergunte o por quê, apenas tem dias que quero descontar tudo, principalmente se fosse na cara de Cullar. Seria sensacional.
Confesso para você que eu não era assim. Sempre fui uma pessoa tranquila. Mas de um tempo para cá.. Não sei. Eu realmente não sei. Desculpe-me, sei que mudei.
◇
Quando cheguei em casa, minha mãe disse que tinha uma correspondência para mim. Um pacote havia chegado hoje cedo, e deixaram na porta. Chegando em meu quarto, vi um pacote não muito grande. Aproximadamente 20cm de comprimento por 8cm de largura. Estava embrulhado em um papel de cor bege, escrito meu nome a mão. Não pude identificar se era tinta, mas era da cor vinho escuro. Parecendo até sangue. Mas sabia que isso não era verdade. Até porquê, estava seco já. Porém a caixa estava muito gelada, como se tivessem trazido dentro de um freezer.
Abri o pacote, e havia uma caixa preta com um pequeno envelope sobre ela. Abri a caixa e havia uma caneta tinteiro.
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— MÃE! — gritei do meu quarto - FOI O VOVÔ QUE DEU ISSO?
— Isso o que? — ela gritou da sala.
— Me deram uma caneta!
— Não sei, filho. Deixaram aí na porta! — olhei novamente para caixa.
Fui pegar a caneta, e ouvi um ruído alto. Levantei os olhos e eu estava em um corredor estreito escuro. Vi no final do corredor pessoas passando, falando inglês, com carrinhos, malas e apetrechos dentro, olhei em volta assustado e pude ouvir o som de um trem. Era enorme e estava partindo.
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Assustado com tudo aquilo, peguei a caneta. Ruído alto. Eu estava no meu quarto novamente.
Pelas barbas de Dumbledore, o que era aquilo? Eu fui para uma estação de trem e voltei? E eu estou sóbrio. Ainda… Fechei a caixa, coloquei sobre a cama e fiquei atônito por um tempo.
Espera! Peguei o envelope. Devia ter alguma coisa explicando nele, não é possível! O abri, e com letras um pouco tortas, estava escrito:
Milan,
Quando estiver com suas malas prontas, apenas use essa caneta no 7° dia desse mês!
PS: não esqueça o bilhete.
F.
Confuso, fui para o calendário atrás de minha porta, passando os dedos sobre os dias, parei no dia 7. HOJE ERA TERÇA-FEIRA, DIA 6! Meu coração acelerou, sentei na cama e tive que respirar por um tempo para poder organizar esse turbilhão de informações ao mesmo tempo.
Caneta. Estação de trem. 7° dia. Malas. Malas? Hum.. BILHETE! Corri para a escrivaninha e peguei o bilhete que havia tirado do frasco no dia anterior. O segurei firme. Como isso é possível? Um leve sorriso veio ao meu rosto.
A caneta é a chave de um portal para Londres?
Eu tenho que ir para Hogwarts!
Eu? Para Hogwarts? Mas..
Eu não sou um bruxo. E muito menos louco. Eu pensei que eu ia receber uma carta, e não um bilhete dado por uma... Ah, a coruja!
Mas mesmo assim. Como que a caneta chegou aqui para mim? Eu realmente não estou louco! Eu estava aqui e depois de um segundo, PUFF! Londres.
Não quero chegar perto dessa caneta por enquanto! Coloquei-a sobre a escrivaninha juntamente com o envelope e o bilhete. Talvez eu deva fazer minhas malas, então. Ajustei meu relógio para as 4h da manhã. O trem sai às 5h.
Meu nome estava na carta. Não tem como contestar. Porém, eu não sou bruxo. E nem sei se isso realmente existe. Pensei que era apenas uma história inventada! Quem é F.? Deve ter havido algum engano! Amanhã vou resolver isso!
◇
Notas do Autor
Quem será quem mandou isso? Quem você acha que é F.? Não esquece de votar ou comentar quem é!