Capítulo 7

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Anahí acordou no outro dia sentindo a ausência de Alfonso na cama, ele não estava lá e por um minuto ela se chateou porque gostaria que o seu rosto fosse a primeira coisa que ela visse no dia. Suspirou frustrada e se levantou da cama, sentiu-se ainda cansada, mas mesmo assim obrigou-se a levantar. Quando levantou seus olhos lacrimejaram ao ver um buquê de flores e uma bandeja com café da manhã, havia um bilhete, mas ela não precisava lê-lo para saber de quem se tratava, com certeza era Alfonso. Com as mãos tremendo ela colocou o bilhete em suas mãos e o leu.

"Minha pequena, espero que seu dia seja lindo. Gostaria de estar ao seu lado e te ver acordar, mas hoje pela manhã recebi uma mensagem dos meus pais e eles vieram para almoçar comigo, então irei passar o dia com eles, esteja arrumada para o almoço. Tenho certeza que estará linda, te pego as onze da manhã. Com amor, A."

Minhas pernas tremeram e acredito que entendi tudo errado. Li o bilhete mais uma vez pra ter certeza de que hoje almoçaria com os pais de Alfonso. Não seria cedo demais?

"Vocês vão como amigos" meu subconsciente gritou pra me lembrar que eu e ele não temos nada e que esse jantar não tem importância pra ele, é só um jantar comum. "Será mesmo?" gritou o meu coração todo iludido.

Preferi não pensar sobre isso, iria almoçar com Poncho e seus pais sem expectativas, viveria o momento, afinal foi isso que ele me pediu. Depois que tomei o café da manhã que ele preparou com todo cuidado pra mim fui ao quarto de Maitê pedir ajuda no que vestir, porque não fazia ideia do que vestir para um almoço com os pais do cara que você é afim, pois nunca tive isso, Maitê certamente saberia. Eu não iria pedir conselhos de moda pra Dulce, ela me vestiria pra um enterro e não pra um almoço, sem contar que ainda estava chateada com o que ela fez na noite passada.

Maitê – gritei o nome dela quando cheguei na porta do seu quarto e ela não respondeu. – Anda Maitê sou eu a Any e eu preciso muito de ajuda.

Depois de alguns segundos a porta se abriu e por trás dela tinha uma Maitê totalmente despida, coberta apenas por um edredom, tinha o olhar frustrado e estava irritada.

- "Céus, caiu da cama?" – eu falei.

- "Ai Any, eu nem te conto"; - ela respondeu chateada e se jogando na cama novamente.

- "O que houve? Brigou com os seus pais?"; - perguntei preocupada.

- "Antes fosse..." – ela deu um suspiro frustrado. – "Ontem eu e Cris quase transamos, mas ele não tinha camisinha então tivemos que parar no momento mais emocionante e estou frustrada, excitada pela noite de ontem que não concluiu". – ela me olhou triste e depois puxou os cabelos fazendo um barulho estranho de quem estava irritada.

- "Você e o Cris já chegaram nessa parte? Que inveja Mai". – falei sem pensar;

- "Você não entendeu, eu queria ter finalmente chegado nessa parte, Any você não faz ideia do que é o corpo daquele homem, ele é maravilhoso, gostoso, e faz uma coisa com a língua..." – não deixei Maitê concluir, eu realmente não precisava saber das coisas que meu amigo fazia com a língua, sem contar que tudo isso me deixava nervosa.

- "Não continue"; - eu a repreendi.

- "Desculpa amiga, mas preciso falar com alguém sobre essa noite se não eu morro de frustração"; - fiquei calada e fiz que sim com a cabeça pra ela continuar falando sobre sua noite e passei trinta minutos ouvindo Maitê falar sobre como queria pular em cima dele, literalmente.

Depois de falar, falar e falar ela finalmente se tocou que eu havia ido lá por algum motivo.

- "Desculpa Any, você chegou aqui até agora e só me ouviu falar, se você veio até aqui é porque certamente gostaria de me falar algo. Aconteceu alguma coisa ou você está bem?"; - ela falou se desculpando.

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