Capítulo 30

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Capítulo 30

O dia amanheceu em Cozumel. E que dia! O frio era tão grande que nem o aquecedor foi capaz de esquentar os lençóis da cama do sexteto mais amado do México. Com exceção de Christian e Maitê que se esquentavam com seus próprios corpos, tão colados um no outro que pareciam que iam se fundir.

- "Mas que merda de frio é esse?" – Dulce foi a primeira a levantar irritada, acreditando que o aquecedor estava quebrado. A verdade é que ela não tinha se vestido a caráter para um ambiente frio como o que estavam.

- "Acho que o aquecedor está com defeito" – Anahí apareceu na sala encontrando a amiga vasculhando as janelas e portas da suíte para ter certeza que o frio não estava entrando por lugar nenhum.

- "Tudo está fechado. Era para estar fazendo um calor insuportável aqui dentro" – Dulce resmungou e Anahí concordou.

- "Chocolate quente?" – ela perguntou para a amiga que acenou um sim com a cabeça e em menos de cinco minutos Anahí tinha voltado com uma xícara e serviu Dulce.

Ambas ficaram sentadas na mesa de jantar de forma relaxada, enquanto mexiam em seus celulares.

- "Difícil de acreditar que só estamos aqui a vinte e quatro horas" – Dulce falou e Anahí concordou.

- "Muita coisa pra um dia só" – ela se limitou a falar.

- "Espero que você não tenha ficado muito chateada com a minha cena com Alfonso ontem, foi só um mal-entendido Any, eu..." – Anahí interrompeu a amiga.

- "Eu não quero saber" – ela ia se levantar da mesa.

- "Eu preciso falar" – Dulce disse e mesmo a contragosto Anahí voltou e se sentou novamente para ouvir o que a amiga tinha a dizer – "Eu ganhei o jogo na sinuca e estava feliz porque tínhamos apostado algo e eu venci, então me empolguei e pulei em cima dele e quando percebi estávamos lá, daquele jeito que você viu. Eu amo o Christopher, você sabe disso. Todo mundo sabe disso. Mas, estou a três meses sem ninguém e esse é o meu recorde. Alfonso foi gentil comigo o dia todo, principalmente depois que eu soube que você e o Christopher iriam sair juntos. Olhe para essa cidade Anahí, é uma cidade perfeita para um romance e mesmo depois da manhã que passei ao lado dele e do almoço ele preferiu você" – Dulce estava com os olhos cheios de lágrima e Anahí soltou a xícara na mesa fazendo um barulho.

- "Dulce, quantas vezes eu preciso falar que Christopher e eu somos só amigos? A gente nunca ficou em uma situação nem parecida com a que eu encontrei você e Alfonso ontem. Christopher te respeita e me respeita também e eu jamais faria algo do tipo com você, porque não suportaria que você fizesse algo do tipo comigo. Não precisou você beijá-lo porque ver como vocês estavam a vontade daquele jeito e a tensão que tinha entre vocês dois foi o suficiente para eu perceber que estava pensando demais em pessoas que pensam de menos" – Anahí respondeu sem esconder a decepção que estava sentindo da amiga.

- "Eu entendo a sua chateação, mas entenda a minha também" – Dulce implorou a amiga que apenas assentiu.

- "Eu entendo Dulce!" – ela se levantou e dessa vez Dulce não a chamou novamente.

Menos de uma hora depois elas estavam saindo da suíte e encontraram com os outros quatro do lado de fora.

- "Qual o nosso passeio hoje?" – Dulce perguntou.

- "Vamos esquiar" – Christopher respondeu, mas sem olhá-la.

- "Não tinha isso no nosso roteiro" – Anahí falou.

- "E não tem mesmo. Nós vamos conhecer o museu do gelo, lá é mais legal e menos perigoso" – Maitê puxou um panfleto e entregou as duas meninas. – "Hoje é o dia das garotas" – ela tentou parecer empolgada, mas o clima entre Anahí e Dulce não era dos melhores.

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