Capítulo 15

95 9 3
                                    

Jemma tateou instintivamente em busca da cabeceira que inexistia, procurando por suporte. Estava tão envolvida naquele desatino que levou um momento para se dar conta que, ao invés de uma superfície de madeira lisa e resistente, encontrara apenas a parede gélida logo atrás do colchão. Apoiou, portanto, suas mãos nos ombros de Fitz e permaneceu durante vários minutos cavalgando seu corpo, sentindo-o impetuoso sob ela, apreciando os beijos abrasadores que ele distribuía por toda a extensão de seu colo e pescoço, enquanto seus quadris se moviam em perfeita sintonia. Permaneceram dessa forma até que ela alcançasse o clímax.

Suas respirações se confundiam. Seus desejos se mesclavam. Sem que ninguém soubesse, uma veemente troca de energia entre seus corpos, voluptuosos e incandescentes, acontecia sobre aquele colchão, na sala de segurança máxima da base subterrânea da SHIELD.

Ela encostou sua testa na dele, ambos ofegantes, banhados em suor.

- Me diga que isso não é uma despedida - murmurou, fazendo o possível para recobrar o fôlego.

Em um movimento inesperado, ele os virou sobre o colchão, ficando por cima dela e tornando a investir para dentro de seu corpo esguio. Na busca por seu próprio prazer, ele a fez gozar novamente. E não tardou para que ele também atingisse seu ápice. Um som incongruente desprendeu-se de sua garganta antes de ele finalmente responder em um sussurro.

- Como eu poderia ficar sem você agora?

Um novo lampejo de esperança reluziu no rosto de Jemma, iluminando-o. Fitz a contemplou por um momento, o pensamento de que ela nunca parecera tão linda quanto naquele momento perpassou sua cabeça – ainda que estivesse ruborizada, ofegante, com o cabelo totalmente desordenado, os fios espalhados ao redor de sua cabeça sobre o colchão. Ele voltou a beijá-la e percebeu que Jemma sorria durante o beijo.

Foi a vez de Jemma surpreendê-lo e, enquanto ele a beijava distraidamente, ela empurrou levemente seus ombros, fazendo com que rolassem outra vez sobre o colchão, ficando por cima dele. Era como se ambos lutassem por domínio ao mesmo tempo em que havia um consenso sobre quem deveria ter o controle da situação em determinado momento.

Em meio ao longo e escaldante beijo que partilhavam, as mãos incansáveis que percorriam a pele um do outro e os inevitáveis arquejos que escapavam de suas gargantas, uma voz pareceu penetrar seus cérebros. O tom inconfundível de Daisy adentrou seus ouvidos, sobressaltando a ambos.

- Jemma! Está aí?

Recobrando-se da repentina surpresa, Jemma tateou novamente a parede atrás de Fitz, desta vez em busca da chave que ligava o intercomunicador acoplado a ela.

- Sim. Estou - respondeu, ainda ofegando. A voz quase irreconhecível.

- Você está bem? - Daisy franziu as sobrancelhas com um ar desconfiado do lado de fora do alojamento em que o casal se encontrava, encarando o intercomunicador na parede ao lado da porta de metal.

- Sim.

- Fitz está acordado?

- Bem acordado - ela sorriu com malícia para Fitz que imediatamente retribuiu seu gesto.

- Ótimo. Precisamos nos reunir... Você sabe, com todos aqueles que precisam voltar. Temos de falar sobre o portal. E sobre o Mack. Ele continua no escuro acerca de tudo isso.

- Ok! - Jemma respondeu simplesmente, exausta demais até para pronunciar uma resposta mais efetiva.

- Te espero na sala comum – concluiu, sua voz soando levemente metalizada.

- Estaremos lá.

A bioquímica não perdeu tempo e seus lábios tornaram a encontrar os de Fitz em um novo beijo candente. Só então, ela lembrou-se de desligar o interruptor na parede, o fazendo de modo desajeitado enquanto perdia-se momentaneamente nos braços de Fitz e na aprazível sensação de ter a boca dele em contato com a sua.

Amor nos Tempos da HYDRAOnde histórias criam vida. Descubra agora