Capítulo V - A mansão Richards

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Estava um clima pesado. Inverno. Mas também havia aquele cheiro de morte no ar. Aquele cheiro desagradável. Um sentimento de luto pela família de alguém.

O cadáver encontrado era de um homem. Um ser humano, qualquer havia perdido a sua vida, de uma forma trágica e traiçoeira.

Não dava para acreditar na forma terrível em que esse homem foi morto. E em como o assassino havia despachado seu corpo, assim, apenas jogando em lago qualquer.

O detetive estava ainda próximo ao lago quando começou a conversar com a mulher, que encontrara o corpo. A mulher era Suzie Libby. A empregada da mansão Richards.

— Tudo o que dizer para nossa investigação será de grande ajuda. Cada detalhe descrito sobre o encontro do corpo será muito precioso — disse o detetive de forma didática.

Suzie Libby — a garota estúpida, como dizia o seu patrão — morava próximo ao lago Leeke em uma cabana pequena com a sua família, seus pais e dois irmãos. Não viviam com muito luxo, mas viviam de forma honesta.

A garota estava em estado de choque. Chorava sem parar e soluçava muito.

— S-senhor. S-senhor — ela começou a falar. — Quem está morto. Não consigo acreditar, não pode ser. É o meu patrão, senhor Leonard Richards.

O velho Leonard Richards jazia no lago Leeke. O milionário arrogante e estúpido estava morto. Assassinado e esquartejado.

— Como assim, senhor Richards? — perguntou o detetive surpreso.

Ronald conhecia a fama de Leonard Richards através dos jornais. E pelo o que as pessoas falavam. Ele sabia que o milionário, era alguém importante na sociedade.

— Sim, detetive. É ele — falou a garota chorando.

— Senhorita, quando foi que o viu pela última vez? — perguntou.

— Foi na sexta-feira à noite, depois da janta, quando eu estava me retirando para dormir — continuou a garota. — Ele me chamou no quarto e pediu para trazer um copo com leite.

— Entendo minha menina, depois que deixou o copo. O que fez?

— Fui para o meu quarto, senhor. Precisava dormir, porque no sábado eu ia vir para a casa dos meus pais.

— E que horas eram exatamente?

— Vinte horas, senhor. Lembro-me de ter olhado o relógio de parede que estava no corredor, quando sai do quarto.

— Você viu alguém no corretor ou próximo ao quarto de seu patrão?

— Eu vi apenas a sombra de alguém no andar debaixo senhor. Mas como estava muito escuro, não pude identificar quem era. E também ouvi passos no quarto de cima.

— E após entrar em seu quarto, garota, você não saiu mais?

— Não, senhor. Foi a última vez que falei com o meu patrão — disse a garota.

— Tudo bem, tenta se acalmar. Não precisa ficar nervosa — disse o detetive.

— Pode ir, está liberada por enquanto — falou dando uns tapinha nas costas de Suzie, para ela se acalmar.

Após interrogar a empregada da mansão que morava ali perto do lago, o detetive dirigiu a palavra ao delegado. O delegado que estava próximo a viatura, conversando com o policial, voltou a sua atenção ao detetive.

— Conversei com a moça, ela disse que a vítima é o senhor Leonard Richards, um importante empresário da cidade. E que trabalha como emprega na mansão. Precisamos ir até lá e interrogarmos o pessoal.

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