Capítulo VI - Delegado Andrew

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No caminho de volta para a delegacia, a mente de Andrew estava inquieta. Seus pensamentos pulavam de um lado para o outro e sua perna estava inquietamente balançando. E o vento gelado assoprava para dentro da viatura, através de sua janela que estava meio entreaberta. O delegado não estava muito convencido de ser deixado de lado pelo detetive, após ter sido dispensado da mansão. Ele gostava de estar a par de toda a situação, mas para não criar atrito com o velho detetive resolveu sair do local. Seus pensamentos fervilhavam, parecia que a qualquer momento iriam fugir dela e sair correndo por ali.

Quase chegando à delegacia, falou com o Hilbert:

- Policial, não estou satisfeito com essa dispensa do detetive, gosto de estar a par de tudo. Mas vou o deixar trabalhar sozinho e nós iremos trabalhar em nossa investigação. O máximo que pode acontecer é incorporarmos esse caso com mais e mais detalhes - balbuciou Andrew, colocando a mão na boca de forma pensativa e espreitou os olhos.

Hilbert estava distraído cantarolando - e pensando coisas aleatórias - uma música que tocava no radio, assentiu com a cabeça mesmo não prestando atenção as palavras do delegado.

- Desculpa Andrew, o que você está dizendo? - disse, retornando a atenção ao rosto do delegado.

- Esse detetive está agindo de uma forma estranha, não estou acostumado a trabalhar sozinho, somos uma equipe, e em casos assim toda ajuda é extremamente necessária. O mais curioso disso tudo é que ele teve uma reação estranha, quando conhecera aquela garota Suzie.

Hilbert continuou fitando-o de forma curiosa, tentando se conectar aos pensamentos do delegado.

Andrew era o tipo de cara astuto, apesar de sua pouca experiência conseguia estudar o comportamento das pessoas e percebia quando algo realmente não estava certo - ou esquisito demais.

Quando apresentou Suzie para Ronald, percebeu que o detetive teve uma reação um tanto esquisita.

- Vamos investigar tudo. Vamos voltar para o lago e ver se mais alguém viu alguma coisa sobre o corpo.

- Q-que? - disse o policial.

- Sim, vamos imediatamente para lá.

Hilbert meio assustado ainda com a ideia dodelegado, em duas viradas no volante da viatura fez o retorno para o lago.

Morte na águaOnde histórias criam vida. Descubra agora