CAPÍTULO 20

3.8K 336 183
                                    

   Bryan

— Vem. — ela me chamava ao mesmo tempo em que estendia a mão para mim. Segurei-a e a segui pela casa.

— O que quer me mostrar? — perguntei, curioso.

— É algo muito especial. — sorrir ao pararmos em frente a uma das portas.

— Não gosto de surpresas, Katie, você sabe disso.

— Você vai gostar. — prometeu, o tom firme.

— Vamos, eu estou ansioso! — sorri.

— No três, ok? — ela colocou as nossas mãos na maçaneta da porta.

— Tá. — assenti, pronto para descobrir o que havia de tão especial naquele cômodo.

— Um... — seus olhos estavam fixados nos meus quando começou a contagem.

— Dois... — continuei.

— Três. — abrimos a porta juntos.

Meus olhos percorreram o lugar animados, mas se entristeceram ao notar que era apenas um quarto vazio.

— O quê? — franzi o cenho fitando-a.

— Será para...

— Ei, acorda! — sinto mãos tocarem o meu corpo e me sacudirem.

— Hã... o que? — abro os olhos e fito desnorteado a mulher à minha frente.

— Você estava sonhando. — foi a primeira coisa que disse. — Parecia agitado e chamava por uma tal de Katie. Achei melhor te acordar.

Flashes da noite passada me veem à cabeça. Eu havia saído do bar acompanhado pela loira à minha frente e tudo o que fiz após isso era algo do qual eu devia me arrepender agora, mas eu perdi esse tipo de sentimento junto à mulher que estava em meus sonhos.

— Desculpe... — tento lembrar o seu nome, mas não consigo.

— Jessie. — sua voz é baixa ao se afastar.

— Desculpe, Jessie. Eu acho que bebi demais ontem. Você pode... me deixar sozinho? — recosto-me na cabeceira meio sem jeito.

— Claro. — ela contrai os lábios antes de levantar-se da cama, recolher as roupas e começar a vesti-las.

— O que eu disse enquanto dormia? — a pergunta escapa dos meus lábios.

— Nada demais, só falou o nome Katie. — ergue a cabeça quando veste a última peça. — Hum... acho que não vamos nos ver mais, então, adeus bonitão.

— Adeus, Jessie. — murmurei vendo-a caminhar até a porta e sair pela mesma sem olhar para trás.

Abro uma das gavetas do criado mudo ao meu lado e tiro dali a caixinha de veludo.

O que ela queria me dizer? — me pergunto ao segurar a aliança entre os dedos.

**
  Katie

Sinto-me apreensiva ao parar em frente a porta. Eu sabia que não devia estar ali, mas, fora Dana, ele era a única pessoa que sabia do meu segredo.

Toco a campainha.

Fito os meus pés enquanto espero alguma resposta lá de dentro.

— Você? — ouço a sua voz rouca e ergo a cabeça para fitá-lo; Arthur me olhava com a expressão surpresa.

— Eu... posso entrar? — contraio os lábios.

— Claro. — ele dá espaço para que eu entre.

Adentro na casa e o mesmo bate a porta atrás de si.

Uma Chance [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora