CAPÍTULO 48

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"Eu realmente acredito que, embora o amor possa ferir, ele também seja capaz de curar."
                                     — Nicholas Sparks.

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                                         Meses depois...

  Katie

Fixei os meus olhos aflitos no objeto sobre a pia, era um teste de gravidez, o segundo que eu fazia num espaço de cinco meses. Um atraso nas regras e um enjôo matinal havia me levado a farmácia há poucas horas atrás.

— Negativo... — com o teste em mãos, vi o meu semblante decepcionado no espelho. Após várias tentativas, tudo o que eu mais desejava era que o resultado fosse positivo.

— Toc toc. — virei-me abrupta, Bryan estava à soleira da porta. — Posso entrar?

— Sim. — pigarreei.

— O que está fazendo? Benjamin está louco para comer a torta de... — Ele parou de falar assim que viu o teste em minhas mãos. — Qual o resultado? — seus olhos ansiosos fixaram-se nos meus.

— Negativo. — a palavra saiu da minha boca em um sussurro.  — Não importa o quanto tentamos, nada acontece. — dei um passo à frente, abri o cesto de lixo e joguei o teste dentro do mesmo.

— Vem cá. — ele me puxou para si e entrelaçou o meu corpo em um abraço. — Podemos esperar o tempo que for necessário.

— Mas você queri-

— Nós temos um filho, Katie! — cortou-me. — Não é como se você não já tivesse me dado essa alegria. Sei o que está tentando fazer... — afastou-me para fixar os olhos nos meus. — Pare. Eu realmente não preciso que se exija suprir o que fez.

— Eu confesso que quero dar tudo o que tirei de você. Mas não é só isso, assim como você, eu também desejo muito que tenhamos outros filhos. — minhas palavras são sinceras.

— Nós vamos ter. — aproximou-se para beijar a minha testa. — Na hora certa, nós vamos ter.

— Você tem razão. — concordei sorrindo.

— Vamos? Benjamin já deve ter atacado a comida. — brincou.

— Com certeza. — ri, entrelaçando a mão na sua para deixá-lo me guiar para fora do quarto.

Já no andar debaixo, Bryan e eu paramos à porta de vidro que dava acesso ao jardim dos fundos da casa, e observamos o menino de cabelos castanhos e sorriso alegre nos lábios brincar de bicicleta.

— Eu estou conseguindo! — Benjamin comemorou ao notar a nossa presença. Era a primeira vez que ele andava de bicicleta sem as rodinhas.

— Eu disse que conseguiria. — o tom de Bryan é convicto ao pisar na grama junto a mim.

— Você está indo bem, filho. — bati palmas.

— Obrigado, mamãe. — ouço-o sorrir.

— Ainda acha que não podemos esperar pacientemente? — Bryan perguntou ao meu lado. — Temos ele, os outros virão no momento certo.

— Temos uma linda família. — me coloquei na sua frente e entrelacei os braços no seu pescoço. — Obrigada.

— Pelo o que? — arqueou as sobrancelhas.

— Por ser o melhor marido e pai do mundo. — selei os meus lábios nos seus em um beijo.

— Aí... — fomos interrompidos por um grunhido de dor de Benjamin, ele estava no chão e a bicicleta ao seu lado.

Uma Chance [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora