Katie
Mordo o lábios inferior ao fitar o documento em minhas mãos. Na certidão de nascimento de Benjamin havia apenas o meu nome constando como responsável por ele. Era o que eu tinha em mente desde o início, porque, mesmo com todas as mentiras, dar o nome de outra pessoa ao nosso filho é algo que eu não posso fazer. Apenas ele tem o direito de assumi-lo quando chegar o momento.
— É hora de comer, mamãe. — Dana atrai a minha atenção ao entrar no quarto com Benjamin nos braços. — O que é isso? — ela perguntava sobre o papel em minhas mãos.
— A certidão de nascimento do Ben. — digo.
— Você não colocou...
— Eu não faria isso. — a corto já sabendo o que ia falar. — Sei exatamente o erro que estou cometendo em escondê-lo do pai e em mentir para todos, mas fazer isso seria como afirmar que o Benjamin não é filho dele e eu não quero isso.
— Que bom. — notei o seu alívio.
— Em algum tempo, o nome do verdadeiro pai dele estará aqui. — ergo o papel antes de colocá-lo sobre a cômoda. — Se assim ele desejar. — as últimas palavras escapam dos meus lábios.
— É claro que ele vai querer. — afirma.
— Você tem razão. Apenas lembrei do dia em que fui lhe falar a verdade e ele não quis ouvir. — confessei.
Benjamin choraminga em seus braços.
— Está na hora de amamentar. — diz ao me entregá-lo.
O seguro com cuidado em meus braços e me sento na poltrona em seguida. Abaixo um pouco a parte de cima do vestido e, no segundo seguinte, ele está se alimentando insaciávelmente.
— Você estava faminto. — deixo um riso escapar ao passar a ponta do dedo na sua bochecha.
— Eu vou pedir algo para almoçarmos. — avisa ela antes de caminhar até a porta e sair do quarto.
Sorrio boba fitando o rostinho lindo do garoto em meus braços. Seus olhinhos estavam entreabertos lutando para não adormecer. As bochechas gordinhas e rosadas me davam vontade de apertá-las. Seus lábios finos, como os meus, trabalhavam enquanto ele se alimentava. O pouco de cabelos castanhos que tinha e os olhos grandes verdes, lembravam-me dele.
Toda vez que ele me olha com esses olhos pergunto-me se será difícil quando Bryan o vir pela primeira vez reconhecê-lo como seu filho.
Dana mandou várias fotos dele para o pessoal de Londres e todos afirmam que ele se parece comigo. É ruim admitir, mas a essa altura, saber que eles pensam assim me deixa aliviada.
— Me perdoa, filho. — meus olhos queimam ao murmurar.
Como se pudesse entender, seus dedinhos tocam a bochecha juntando-se ao meu.
Comecei a cantarolar uma canção que minha mãe costumava cantar para mim enquanto o balançava levemente em meus braços. Não demorou muito para ele adormecer. O tiro do meu seio e subo a alça do vestido. Me levanto com cuidado para não acordá-lo e caminho até o berço, coloco-o dentro do mesmo.
— Que cena linda. — Arthur me surpreende ao falar.
Me viro e o vejo recostado na porta.
— Shh... ele está dormindo. — minha voz é baixa ao caminhar até ele.
— Trouxe algo para você. — ele coloca a mão no bolso da camisa e tira uma caixinha de veludo preta dali.
— Não é o meu aniversário. — contrário os lábios.
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Uma Chance [EM REVISÃO]
RomanceAVISO: Como destacado no título, o livro está passando por revisão. Algumas coisas podem ser mudadas - deixando os capítulos não revisados sem sentido - por esse motivo, eu os aconselho a ler somente os capítulos já revisados. Katie Carter é uma mul...