CAPÍTULO 38

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    Katie

Corro de encontro a Benjamin, o pego nos braços e o giro no ar. Estávamos no parque, apenas ele e eu nos divertindo. Senti saudades disso, de ficar um tempo a sós com o meu filho, de ouvir o som da sua risada e o brilho em seus olhos enquanto brincamos. O meu menino está crescendo, em pouco menos de dois meses, ele fará cinco anos e logo eu não poderei mais erguê-lo em meus braços como agora. Devo aproveitar ao máximo cada momento com ele.

— De novo, de novo! — ele me incentivava a girá-lo mais uma vez.

— Oh, não. — deixei-me cair junto a ele no chão. — Eu estou morta. — tentava controlar a respiração. — Você está pesado.

— Não. — maneou a cabeça firmemente ao levantar-se. — Você quem está sem forças, mamãe.

— Isso é sério, Benjamin? — arqueei as sobrancelhas, fitando-o.

— Talvez seja a idade. — falou em tom pensativo, mas em seus lábios havia um sorriso sapeca.

— Ah, vem aqui! — levantei-me abrupta. Ele correu para longe de mim. — Você vai ver quem é a velha. — gritei enquanto corria atrás dele. Era divertido, mesmo que meu filho estivesse me provocando. Não consegui segurar o riso ao vê-lo tentar manter distância de mim. Suas pernas, ainda pequenas, não permitiam tal coisa. — O que você disse? — disparei assim que fiquei à um passo de si. Ainda de costas para mim, ele olhou para os lados como se estivesse encurralado. Haviam arbustos à sua frente. — Hum? — coloquei as mãos na cintura, esperando uma resposta.

— Eu disse que te amo, mamãe. — sua voz é doce ao virar-se de frente para mim.

— Seu pestinha adorável. — diminui a distância entre nós e comecei a fazer cócegas nele.

— Para... mamãe... para... — pedia se contorcendo entre risos.

— Você me acha velha? — eu movimentava os dedos por toda a sua barriga.

— Não... — sua negação fez os meus momentos cessarem. — Você é mãe mais jovem linda do mundo.

— Ainda por cima é bom de papo. — apontei-o rindo.

— Desculpa. — ele tentava controlar a respiração.

— Vem cá. — puxei-o para um abraço.

— Eu não menti quando disse que você era linda. — ergueu a cabeça para me fitar.

— Obrigada. — sorri. — Você também é um garoto muito bonito, sabia?

— Sim. — assentiu convicto. — Abby me diz isso todos os dias.

— O quê? — fitei-o boquiaberta e ele riu da minha reação. — Vamos comer. — pigarreei estendendo a mão para si.

Seguimos para a árvore onde eu havia deixado uma cesta com tudo o que precisávamos para o piquenique.

**
  Bryan

— O escritório do seu estádio foi uma boa escolha para a entrevista, senhor Williams. — Livy sorriu assim que entrou na sala acompanhada por dois homens.

— Só Bryan, por favor. — a cumprimento com um aperto de mão.

— Ok. Eles podem? — ela apontou para os homens atrás de si, só então percebi que carregavam alguns equipamentos.

— Claro! — fiz um gesto com a mão.

— Estou atrasada? — Camila entrou na sala atraindo a nossa atenção.

— Eu acabei de chegar. — Livy a cumprimentou com um aceno de cabeça.

— Que bom. — Camila sorriu para ela.

Uma Chance [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora