Capítulo I

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Depois de mais um dia cansativo no trabalho, viro a esquina da minha rua e vejo minha humilde casa no final da rua com suas grades brancas e jardim na frente. Pelo menos isso meu pai nos deixou , ele quando soube que eu ia nascer deixou minha mãe e foi embora de mala e tudo, não culpo ele muito não até porque tenho um bom emprego e eu e minha mãe conseguimos sustentar a casa sozinha, mas claro que achei ridículo o que ele fez. Mas nem posso falar muito dele pois está morto né, foi pro crime um ano depois e onde começou a plantar lá mesmo ele colheu.

Abro a porta de casa e vejo minha mãe com meu irmãozinho Felipe no sofá adormecidos.

Outra história!

Essa cena era tão fofa que acabei ficando ali uns bons minutos refletindo neles.

– Mãe. – chamo ela baixinho . A mesma abre os olhos devagar e dá um bocejo.

– Ai que cansaço que eu tô minha filha. Mas imagine você que chegou agora do trabalho né – ela sorri.

– A senhora deve tá mais mãe, pode deixar que eu levo o Lipe pro quarto. Boa noite.

– Obrigada filha. Boa noite .– me dá um beijo na testa e some em meio ao corredor escuro .

Pego ele no colo e meu Deus, como esse garoto tá pesado viu!

– Helhena – me chama ele assim que vou saindo de seu quarto.

– Oi – falo baixo.

– Tô com medo.– só essa que faltava aff. Pra não render assunto pego ele e coloco na minha cama.

– Vou tomar banho, tenta dormir tá.– lhe dou um beijo na testa e saio rumo ao banheiro.

Tomo um banho relaxante e volto pro quarto. Encontro Lipe dormindo na cama e logo aquela cena me deu sono também. Deito-me ao lado dele e logo adormeço.

Acordo com o alto despertador ao lado no meu criado mudo branco. Logo desligo pra não acordar Lipe , ainda é muito cedo.

Levanto e pego minha roupa pra mais um dia de trabalho. Troco, escovo os dentes e pego uma maçã na cozinha e saio de casa . O começo do meu dia é o mesmo lero lero de sempre , esse aí.

Coloco minha bolsa no banco direito do carro e começo a dirigir pensando nos papéis que devo assinar hoje na empresa, sou secretária e por mais que aqui meu salário seja bom trabalho é o que não falta por lá.

Desço no estacionamento, pego minha bolsa e bora lá mais um dia .

– Bom dia Helena! – me cumprimenta Anne minha melhor amiga .

– Bom dia . – dou um sorriso e coloco o elevador pra subir ao 5° andar.

Sento a minha mesa e tiro minhas coisas, caderneta, caneta , lápis essas coisas né .

Vejo meu chefe passar meio nervoso pra sala do presidente da empresa e já fico  nervosa, hoje vou penar aqui com esse insuportável.

Meu chefe gosta muito de dar trabalho pros outros, se bobear ele te dá o serviço dele pra você fazer .

Vê se eu mereço umas coisa dessa misericórdia!

– Bom dia  Senhorita Helena, que cara é essa?! – que susto homi. Claro que vou ficar com cara de assustada com um cara que chaga do nada na sua frente e começa a falar.

– Bom dia senhor Dias não é nada não.– aí aí viu!

– Que seja. Preencha esses blocos de notas pra mim por favor, preciso deles pra antes do almoço. Me diz o que eu tenho hoje.– e lá vem ele com seu jeito mandão.

Como se não houvesse amanhãOnde histórias criam vida. Descubra agora