Como se não houvesse amanhã

Capítulo IV

Alguém continua batendo na porta , fico sem saber o que fazer e volto pra onde eu tava e me sento no chão, talvez isso ajude.

Quando ele ver minha reação , abre a porta.

– Só vim avisar que agora também estou aqui. O chefe me esqueceu pra trás– ela revira os olhos. Era uma garota de cabelos pretos e magra, aparentava ter uns dezessete anos ou um pouco mais.

– Tá bom.– diz ele.

– Alguma novidade?– ela olha pra mim assim como ele, fico confusa e abaixo a cabeça.

– Não – ele diz.

– Se eu fosse você botava pressão essa mulher tá muito folgada.– que vaca!

– Ei! Não me diga o que fazer Mariana.

– Tá bom Deniel, depois diz que não avisei– a tal Mariana diz e vai.

Deniel ...

Me levanto e vou em direção a ele.

– Deixe-me ir?– me atrevo a perguntar.

– Tá louca– ainda não mas se continuar presa nesse lugar vou ficar!

– E se eu dizer a senha ? – ele me olha nos olhos.

– Outras coisas também te envolve. Dizer a senha do cartão será uma vingança, mas com você já é outra história.– que?– Deixe-me ser mais específico. Você é a isca pra sabermos a senha do cartão claro, mas você também é o alvo principal.– as palavras dele me assusta é uma lágrima desce em meu rosto.

– Eu vou morrer?– o medo me envolve .

– Não.– me alívio um pouco.

– Que bom.– digo pra mim mesma.

                               (...)

As horas passam e eu estou quase fazendo um buraco no chão de tanto andar de um lado para o outro. Penso nas palavras de Deniel, penso em minha família, nas minhas coisas.

Devem está me procurando, mas se três dias não me acharam acho que não me acham nunca mais.

Pensamento positivo Helena. Não vamos nos precipitar.

Fico nervosa e continuo a andar de um lado para o outro.

– Quanto tempo mais vou ter que ficar aqui?– digo sem paciência.

– Até o chefe voltar.

– E quando ele volta?– ponho as mãos na cintura.

– Não sabemos, mas costuma demorar quando viaja.

Agora fico presa aqui por causa do bunitão lá . Aff!

O que eu fiz da minha vida pra merecer isso?!

                              (...)

Cinco dias já se passaram e eu estou aqui entediada, mas depois daquele dia que ele me soltou ele parece que percebeu que eu estava ficando louca de tanto ficar presa nesse lugar e sem fazer nada que começamos a conversar sobre cada um, ele me ajuda me acalmar quando fico nervosa e as vezes tira todo meu tédio se eu falasse que não estava gostando disso seria a maior mentira da minha vida, por mais que ele seja meu sequestrador o considero como colega, depois daquele dia Mariana só voltou uma vez e conversamos bem pouco mas ela parece ser legal apesar de ter me ofendido com aquelas palavras.

Todos os dias ele me trás algo pra comer e admiro sua preocupação comigo , e não falamos mais nada sobre o sequestro e as outras coisa desde aquele dia...

– Deniel?– o chamo sentada na cadeira que era dele quando me vigiava.

– Fala.

– Por que não sai dessa vida e seja só mais uma pessoa normal, criminoso não tem nada a ver com você!– digo com um meio sorriso pra ele.

– Não é tao fácil assim Helena. Sou procurado pela polícia e a minha vida toda está aqui.– diz ele cabisbaixo.

Durante uma de nossas conversas ele me disse que seu tio era o patrão, mas quando ele morreu fez questão de vender ele para essa tal de Félix o atual patrão daqui. Fico com muita pena dele , mas pra tudo há uma saída.

– Pra tudo ha uma saída.– digo concluindo meu pensamento.

– Não pra mim.– diz ele totalmente sem esperança é isso de alguma forma me quebra por dentro.

Ele é tão espontâneo, mas seu olhar continua gelado e sem emoção ele apenas conversa o necessário e se descontrai comigo ajudando a nós dois na verdade, mas não entendo o porquê dele ser assim tão perdido!

Eu apesar de tudo ainda quero minha vida de volta! É isso me entristece ainda mais.

– E a sua mãe?– pergunto ao perceber que em momento algum ele citou o nome dela.

– Prefiro não falar dela.– ele lança um olhar gélido de sempre pra mim.

Entendo que ele não quer falar e deixo pra lá.

O tédio começa a me tomar quando alguém bate na porta , e dessa vez sei que não é Mariana pois ela já entra sem bater .

Volto pro chão onde é meu lugar e finjo ainda estar presa.

– Garcia?– Deniel pergunta assim que abre a porta.– Onde você estava todo este tempo?– ele diz furioso, não sei  porque , não estava tão ruim ficar comigo sozinho.

Ou estava?!

–Me desculpe, minha filha estava internada e precisava de mim. Por favor não conte ao chefe!– ele emplora pra Deniel .

– Com uma condição.– ele me lança um meio sorriso pela segunda vez em todos esses dias e faz um gesto pra mim me levantar.

Ele esta louco nao podemos confiar em todo mundo foi um custo  pra Mariana aceitar.

Mesmo relutante me levanto e dou um sorriso pra Garcia que quase desmaia.

– Você está ficando louco?– ele pega na gola de Deniel que solta mais um sorriso divertido.

Garcia aparentava ter uns 60 anos e uma pessoa muito boa, pra ele ter entrado nessa vida a situação estava bem crítica tem até família!

– Vai me encobrir ou não?– Deniel pergunta se afastando dele.

– Tá bom tá bom. No fim todos vamos morrer mesmo.– ele fala ficando relaxado e suas palavras me fazem soltar uma risada baixa.

Acredito que no fim todos vamos ficar bem, e eu farei o que for preciso pra ajudar todo mundo a sair daqui!

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Olá carinhas! Estão gostando da história? Bom... Passei aqui pra pedir pra vcs deixarem comentários e lembrar vcs de não esquecer de dar estrelinhas pois é isso que motiva os escritores do wtt a continuar escrevendo então por favor não se esqueçam!

Este capítulo foi menor que os outros mas ainda ah muito o que ser revelado nesta história...

É apenas o começo.. Bjs e até a próxima!💋