Capítulo 5

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Acordo com uma dor de cabeça terrível. É nove horas, fato: não durmo nada bem quando sinto dor de cabeça e o sonho que tive...

- Vai ser um longo e chato dia! - falo para mim mesma.

Levanto da cama e visto uma calça jeans rasgada e uma blusa preta um pouco grande para meu tamanho, deixo o cabelo solto com sempre. Afinal de contas para que ficar arrumada se posso ficar confortável?

Um barulho me faz despertar de meus pensamentos, meu celular toca. É Bárbara.

- Catarina, você está bem? Vou demorar mais uns quatro dias para voltar.

- Sim estou bem, como está seu irmão?

- Ela está melhorando.Amanhã ele ganha alta, vou ficar com ele um pouco. Volto logo, não vou demorar.

- Sinto sua falta.

- Também. Tenho que desligar, tchau.

- Tchau.

Ok. Acho que vou para cozinha...
Entro na cozinha e vejo Kaylon, ele está lavando as louças.

- Quantas profissões o senhor tem? - pergunto sorrindo com ironia.

- Bom dia, não muitas. - ele fala virando-se para mim.

- É mesmo? Quais são elas então? - arqueio a sobrancelha.

- Iria demorar muito se eu fosse falar todas - ele fala com um tom brincalhão - Vai ir em algum lugar hoje?

- Não, não estou com ânimo hoje. Vou ficar em casa, por que a pergunta? Se você quiser sair pode ir.

- Não, não quero sair.

Eu o observo, ele tem os olhos tão lindos, o jeito... Que isso! Olha só no que estou pensando.

- Teve mais pesadelos?

- Não.

- Hoje tem um feira de adoção de animais, na praça da cidade - Kaylon fala, olho para ele arqueando a sobrancelha. - O que foi?

- Não, não é nada. Achei a idéia boa, aliás... Nos iremos!

- Sério? Você gosta de animais?

- Quem não gosta? -pergunto. - Você sabe que horas começa?

- Na verdade não, mas posso procurar saber...

- Não, eu vou perguntar a Clark ele deve saber.Ele mora perto da praça.

- Como quiser.

- Posso te perguntar uma coisa? - pergunto e ele concorda fazendo um gesto. - Porque você se mudou para fora da cidade? E por que você é seu irmão não dão bem?

- Era só uma pergunta, não? - ele fala sorrindo.

- Era, mas agora são duas. Então?- pergunto.

- Eu e Lohan nos davamos bem. Depois da morte de nossa irmã nos dois brigavamos muito, então quando fiz dezessete anos nosso pai me mandou para fora da cidade.

- Porque mandou você é não o Lohan? - pergunto parando perto de Kaylon.

- Porque Lohan era o filho perfeitinho dele.

- Só por causa de uma briga você saiu da cidade?

- Ipoteticamente sim, mas vamos dizer que eu era mais esquentado na época.

- Como assim?

- Eu bati em Lohan na frente de toda escola e depois no caminho de casa fiz ele ir embora a pé para casa, sozinho na chuva. - Kaylon fala, tento segurar a risada mas acabo rindo muito...muito mesmo.

- Desculpa...- volto a rir.- Sério que seu pai te mandou para fora da cidade por isso? Desculpa mas é ridículo! Foi só um briga de adolescentes.

- Sim - ele sorri.- E você?

- O que? - pergunto.

- É uma jovem rebelde também?

- Acho que não...

- Sério? Não me pareceu no primeiro dia que nos conhecemos.

- Eu estava com raiva. - falo.

- Eu não está mais?

- Não com raiva, mas ainda acho desessario um segurança para cuidar de mim.- Kaylon fica me olhando em silêncio.

- Entendi.

- Você já tomou café da manhã?- pergunto indo até a geladeira.

- Sim, acordei cedo. - ele fala sorrindo sarcástico. Isto foi uma indireta!

- É mesmo? É que eu prefiro ficar dormindo do que acordar e ver uma coisa assustadora na cozinha.

- Que dizer este rato que está perto do seu pé?

- Aí! - dou um pulo mais percebo que Kaylon estava brincando. - Idiota.

- Hahaha.- ele se curva e põe a mão na barriga rindo.

- Não tem graça.

- Tem sim.

- É mesmo? - passo a mão em cima da cobertura de um bolo que estava na mesma.

- O que você vai fazer com isso? - Kaylon pergunta se distanciando.

- Nada demais.- corro até ele é passo a cobertura em seu rosto, depois corro até a sala.

- Catarina!

#kaylon

Catarina sai correndo da cozinha, passo a mão no mesmo bolo que ela passou e vou atrás dela. Quando entro na sala ela está de costa e não me vê. Passo o dedo em seu pescoço deixando a corbertura de chocolate nele.

- Isso não foi justo - ela fala. - Eu sou tinha dado o troco em você.

- Para, pelo menos foi chocolate, não um ovo.

- Palhaço.

- Foi engraçado.

- Só na parte que te sujei!

- Sim.

- Não vou mais perguntar Clark.

- Por que não?- pergunto. Fico curioso.

- Porque não vou. Vou tomar banho e te vejo na sala agora mesmo.

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