2- Êxodo parte 2

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P.O.V - Blink

- Clarice finalmente! Preciso que dê um salto para sessenta km com a caminhonete. Acha que consegue? - perguntava Jonh.

Só pode ser brincadeira! Ou esse cara quer matar todo mundo da equipe ou sou só eu. Ele sabe que eu não consigo. Tudo bem! Eu conectei Fort Collins até Miami, mas isso não quer dizer que eu sou santa milagrosa.

- Ok, eu vou tentar.- Já vou avisando: se alguém morrer, não me culpe.

Então, juntando todas as minhas forças. Consegui! Atravessei a caminhonete à 60km/m estamos com horas de vantagem. O único problema são os sentinelas que estiverem na estrada.

Depois de alguns minutos, uma placa. Significa que já deixamos o Colorado. Que estamos no Mississipi. E que nosso próximo passo é seguir em direção à Nova York.

Lorna e Andy ainda estão dormindo. Para passar o tempo, pego meu celular e ligo o cronômetro para apostar qual deles consegue ficar mais tempo desacordo.

Laura certamente nem percebeu o que aconteceu aqui há alguns minutos. Está no celular com fones no ouvido.

Jonh está quieto novamente. Acho que ele sempre é assim. Acho que todo mundo nesta equipe é um pouco doido.

Marcos e O Sr. Struker não param de falar. Não sei como não acordaram os outros. John é o que mais me deixa intrigada. No que será que ele está pensando?

Lauren desliga o Celular.

- Oi menina roxa!- Oi?

- Olha, Lauren, você pode me chamar de Clarice?

- Tudo Bem, "Clarice". E você pode me chamar de Laura?

- Feito, então.

Agora sei porque a Polaris não curte os "teens". Eles são realmente muito irritantes. " menina roxa".

P.O.V - Teddy

Faz uma semana que ela não me liga. Não responde meus torpedos, não retorna minhas ligações. Nem sequer deu uma olhada no Watts provavelmente.

Talvez, Laura esteja pensando que eu não quero vê-lá nunca mais por ela ser mutante (descobri no dia do baile). A verdade é que ainda gosto dela. E nem estou mais me importando com este racismo que criaram

Tento ligar mais uma vez para ela. Tuuuu... Tuuuu... Chamada rejeitada.

Não posso ficar com raiva por isso. Nem imagino pelo oque ela esteja passado agora. E prefiro não pressionar.

P.O.V - Andy

Estou acordado há um bom tempo.

Só pra ter uma noção, vi quando minha irmã recebeu uma mensagem do Teddy.

Escutei boa parte da conversa entre meu pai e este amigo dele, o Marcos.

Vi quando Clarice acordou e quando a caminhonete atravessou um portal feito por ela.

O único motivo pelo qual eu continuo sem me pronunciar é não querer que meu pai me inclua no papo deles.

Eu me viro para Polaris. Ela ainda está dormindo do meu lado ( Ou pelo menos eu acho que está) fecho os olhos para que eles não percebam que estou acordado. Sei que parece coisa de criança, mas é que vocês não conhecem meu pai direito.

Uma vez, quando meu tio Derik foi nos visitar, e eu devia ter mais ou menos uns doze anos, meu pai saiu espalhando pra ele todos os meus podres. Aff... E sobre a Laura? Nenhuma palavrinha de crítica. Ficaram todos idolatrando ela. Aff...

Nada pra fazer. Resolvi implicar com a garota que está dormindo ao meu lado. Me viro pra ela e a fico encarando enquanto ela dorme. Desvio o olhar e quando olho de novo, ela já está acordada olhando pra mim.

( Certo! Tem algo muito estranho nessa garota)

Ela se levanta e eu também

- Finalmente!- disse Marcos.

Como estava tudo um tédio dentro daquele carro, eu olho as árvores passarem pelo vidro do carro, quando então, percebo alguém familiar parado à Beira da estrada, acompanhando por alguns militares.

- Ho ho!- exclamei- não são os mesmos caras que enfrentamos lá em casa?

- É. Parece que já nos encontraram.- disse meu pai caçando uma arma.

- Polaris, consegue repeli-los?- perguntou TunderBird.

- Eu... Não sinto nada de metal com eles. Droga!

- Gente? Acho que consigo - disse eu confiantemente.

- Andy, tem certeza?- perguntou meu pai

- Sim. Eu já fiz isso uma vez, Lembra? E estou sentindo aquilo voltar.

- Ô garoto, seja lá o que vai fazer, seja rápido. - interrompeu Marcos - estamos perto deles.

- Só um segundo...

Raiva. Lembranças ruins. Medo do que o Governo poderia fazer se nos capturasse. Tudo isso somado aos meus dons mutantes, pode ser mais potente de que uma ogiva nuclear.

Só preciso afastá-los. Eu quero afastá-los. Eu penso em afastá-los. E eles se afastam. Ou mais precisamente, eles voam.

Eles caem. A maior parte desacordada ou gravemente ferida. A caminhonete passa. E eu observo. Os homens caídos por conta do meu golpe.

- Bom Trabalho, garoto! - diz Polaris.

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