-Você nem vai acreditar o que eu consegui para você! -Cara disse adentrando o quarto que dividimos, eu não me incomodei em pedir que ela continuasse a falar, pois sabia que ela continuaria de qualquer jeito. -Desde que...você sabe, você e o Joe terminaram, -Revirei os olhos ao ouvir o nome dele, Joe Alwyn, meu ex namorado que do fundo do meu coração eu desejava que nunca tivesse sido atual. -você vive reclamando que não consegue mais escrever suas poesias.
Isso é verdade, antes e durante meu namoro, minha mente trabalhava poemas incríveis, sempre muito elogiados por professores da NYU, que sempre me incentivaram a continuar com a minha paixão. Quando eu e Joe terminamos, foi como se um bloqueio se instalasse em minha mente que me impedia de escrever as belas palavras que antes fluíam tão naturalmente. Não conseguia escrever nem sobre tristeza, eu me sentava em frente ao computador e esperava que as palavras viessem a minha mente como antes. Mas isso nunca acontecia. Era como se meu talento tivesse ido embora com Joe.
-Eu comentei isso com Brittany, -Brittany é uma das melhores amigas de Cara. -e ela me passou o contato de uma professora. Brittany disse que ela é incrível. -Professora de poesia? Aí uma profissão que eu não sabia que existia. -Sabe que eu só quero seu bem, né? Acho que seria interessante para você ligar para ela e quem sabe...marcar uma aula. -Cara pegou um pequeno papel amassado de seu bolso e veio em direção a minha cama, na qual eu estava deitada desde a tarde do dia anterior. -Você é muito cabeça dura, mas isso pode ser bom, Tay. É uma chance de você voltar a escrever suas poesias, e sair um pouco do quarto para as aulas. Você vive enfurnada aqui.
Desde que eu e Joe terminamos, passei a sair menos. Não apenas pela falta de vontade que foi proporcionada graças ao meu coração partido, mas também pelo fato de parecer que ele está em todo lugar que eu vou, com um sorriso sarcástico nos lábios me perseguindo com os olhos. Ficar no quarto era um jeito que eu tinha pensado para evitar esses encontros que eram tão desconfortáveis para mim.
-Uma professora de poesia? Sério, Cara?
-Ela não é uma professora de poesia! -Minha amiga disse como se fosse óbvio. -Ela é professora de teatro, já deu aula em varias universidades e é super respeitada.
-E como que uma professora de teatro pode me ajudar? -Perguntei ainda não entendendo o ponto de Cara.
-Ela pode te ajudar com esse seu bloqueio horrível, minha amiga. -Cara passou uma mecha de meu cabelo bagunçado para trás de minha orelha. -Brittany teve algumas aulas com ela pelo mesmo motivo, e parece que funcionou.
-Eu não sou a Brittany.
-O que custa tentar, amiga? Você não está fazendo nada, estamos de férias, não vejo
motivos para você não tirar um tempo do seu dia para fazer uma aula com Karlie.
-Eu vou pensar, Cara. -Sabia que ela não iria desistir.
-Promete?
-Prometo. -Eu não estava mentindo, realmente pensaria na possibilidade de conversar com a tal Karlie. O que eu mais queria no momento era sair do horrível bloqueio criativo que minha mente se encontrava.
-Minha garota! -Cara disse em um tom animado enquanto batia palmas como uma criança. -Vou sair para comer alguma coisa. Vamos comigo?
-Por hoje vou ficar por aqui. -Cara revirou os olhos, eu sempre digo isso.
-Quando foi a última vez que você comeu alguma coisa?
-Faz pouco tempo, mãe. -Menti, eu não conseguia me lembrar da última vez que tinha comido algo. A verdade é que apenas pensar sobre comida já fazia o meu estômago revirar.Cara deixou o quarto ainda tentando me
convencer de ir com ela, mas viu que não conseguiria.Eu e Cara dividíamos o dormitório a mais ou menos um ano e meio, sempre tivemos uma relação boa, porém nunca fomos próximas. Até a noite que eu voltei para o quarto chorando após eu e Joe terminarmos. Tudo mudou naquela noite, Cara passou a ser a irmã que eu nunca tive, me deixou chorar em seu ombro e fez de tudo para que eu me sentisse melhor. Se ela não estivesse, eu provavelmente estaria bem pior.
Depois de bons minutos deitada na cama fitando o teto, decidi entrar no site da universidade para ver se os professores tinham lançado mais algumas notas, já que eles deixam para fazer isso nas férias. Digitei meus dados de login e esperei a tabela com as notas carregar, não foi surpresa quando vi as novas altas notas que eu tinha alcançado, sempre fui considerada uma aluna exemplar, pelo menos isso.
Mas o que me chamou mesmo a atenção foi a nota presente na matéria de poesia, que era onde eu costumava me sair melhor. Eu tinha tirado um seis, sendo que a média era trinta. Não conseguia acreditar no que via, e embora procurasse formas de colocar minha nota como um erro da professora eu sabia que o erro tinha sido meu, tinha faltado varias aulas, as poesias que eu entregava eram medíocres, não fazia os trabalhos e faltava nos dias de prova. As provas de poesia tinham se tornado tortura para mim, coisa que antes eu fazia em menos de trinta minutos, porém agora deixava em branco, sentia que exigiam muito de mim, me causando uma ansiedade incontrolável, fazendo minha visão embaralhar e minhas mãos tremerem, então tentava evitar ao máximo.
Talvez Cara esteja certa. Talvez eu precise de ajuda.------ ♡ ----------------
olá!!! essa é minha primeira história então me desculpem se não estiver muito boa :( os próximos capítulos serão maiores, e já no próximo vocês irão conhecer a Senhorita Kloss ;) comentem o que acharam ♡
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A Professora (Kaylor AU)
FanfictionTaylor é estudante de literatura na famosa New York University, um coração partido a leva para o caminho do bloqueio criativo. A garota não consegue mais se expressar por meio das poesias como fazia antes. Cara, sua melhor amiga sugere que Taylor...