(3ª temporada) VEINTE UNO: Pés não me falhem agora

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Era consenso geral que todos os aliados deveriam se agrupar na residência de Jones. O local oferecia um ringue de treinamento, equipamentos essenciais e uma entrada direta para a floresta.


Com as primeiras luzes do dia, o grupo inicial, composto por Amelia, Erike e Jackeline, partiu levando consigo as armadilhas necessárias para preparar o terreno.

Duas horas depois, Isaac, Cora e Rafael foram os voluntários que serviriam de isca seguiriam, correndo em círculos ao redor de Hendon para impregnar o ar com o seu aroma.

E somente quase ao final da manhã que Elizabeth, Jackson, Dorian e Holly uniram-se ao grupo, mantendo uma distância segura do ponto de encontro, onde as iscas aguardariam os batedores do bando Usurpador.


Após revisar as duas primeiras etapas do plano até que estivessem tão gravadas em suas mentes que agiriam automaticamente, os residentes da casa se dispersaram, mergulhando em um silêncio cortante.

Os aliados dispersaram-se pela ampla casa, focando-se em suas tarefas individuais e rituais.

Cora, Isaac, os Kyles e os Mullers encontravam-se no quintal ao redor de uma fogueira improvisada, refletindo sobre suas vidas e partilhando histórias alegres.

Dorian e Holly permaneceram inseparáveis, compartilhando um manto e trocando olhares silenciosos incessantemente. O medo de se distanciarem ou de enfrentarem algo adverso era tangível.

Enquanto isso, Erike absorvia um livro sentado em um dos bancos do parque, enquanto Raphael praticava tai chi diante dele.


Jackeline, como de costume, encontrava-se isolada no canto mais afastado, engajada em uma conversa íntima com Jackson, enquanto apreciavam suas bebidas. O teor da conversa e o que ambos tinham em comum para discutir tão seriamente eram um mistério para os demais. No entanto, naquele momento, a importância residia em sentir que nenhum deles estava verdadeiramente sozinho.

Enquanto isso, Cora e Isaac encontravam-se em cadeiras voltadas para a chama, degustando bebidas quentes em canecas decoradas com motivos de Halloween, o silêncio envolvendo-os enquanto observavam os demais. Foi apenas questão de tempo até que um deles quebrasse o silêncio.


— Por que você voltou? — A Hale perguntou, seu olhar perdido nas chamas, sua voz vaga e um tanto suave.


— Porque era a coisa certa a fazer.


— Se você tivesse pensado que era a coisa certa a fazer desde o início, você nunca teria ido embora. — Ela prontamente apontou, e Isaac não conseguiu refutar, era a verdade nua e crua. Seu semblante sombrio se abaixou, acompanhado por um suspiro, enquanto ele começava a se explicar.


— Depois que cheguei em França, eu percebi que tinha sido uma má decisão. — Ele olhou para sua caneca, rodopiando-a em suas mãos. — Tudo lá me lembrava de Allison.


— Sinto muito. — Ela murmurou sinceramente, olhando para o amigo com pesar.


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