riso de sátiro

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canto um hino inútil,

tudo é tão cansado, vilipendiado,

cativo de silêncio que aflige a terra,

mas há clangor
de trombeta,

porque uma luz se ascende dentro de mim:

transfigurada, luminosa,

meu riso estúpido de sátiro, gozo ante nosso humilde céu que nenhuma estrela consola,

certeza de que a vida é sonho estranho, clamor subterrâneo, na funda e indomável noite.

AmanhecerOnde histórias criam vida. Descubra agora