Eu estava indignada, explodindo de raiva, eu precisava sair de casa, e sozinha não poderia pois não conheço nada em Londres. Não havia outra escolha a não ser chamar Justin, e afinal de contas, ele não parece ser o tipo de pessoa que se preocupará como eu realmente estou, o que vai evitar muitas conversas sobre meus problemas.
Já me encontrava na frente do Hotel à espera do mesmo. Eu simplesmente sai do quarto de Hotel batendo porta, não queria nem saber o que meus pais tinham pra falar.
-- Olá pequena Cat. - disse Justin baixando o vidro de seu carro, metendo um lindo sorrisinho por sinal. -- Entra aí.
-- Olá ogro. - disse ao entrar em seu automóvel.
-- Posso saber qual o motivo de nosso passeio?
-- Só liga esse carro e me leve para um lugar divertido.
-- A sua sorte é que passei muito tempo em Londres. - assim que terminou sua frase o barulho do motor de seu carro potente ecoou em meus ouvidos. Não sei se estou fazendo a coisa certa, deixar meus pais sem respostas e simplesmente sair com um garoto que já me provou não ser alguém muito bom, mas eu precisava.
Eu também sei que pode parecer errado perdoar alguém que me ofereceu de brinquedo para um amigo e não perdoar meus pais que cometeram alguns erros. Mas eles são meus pais, os mesmos possuíam o dever de cuidar da minha infância, o dever de me dar uma ótima educação, já Justin, pode possuir milhares de defeitos mas ele não é obrigado a me fazer bem, já meus pais, com toda a certeza.
-- Que lugar é esse? - perguntei assim que Justin parou seu carro em um Pub enorme.
-- É o Pub do meu amigo Ryan, poucas pessoas sabem que é dele, então guarde esse segredo.
-- Guardarei. - sorri não muito animada, eu ainda estava pensando no que havia acontecido a poucos minutos.
-- Vai me contar do porque me chamou para sair?
-- Não, mas fique ciente que eu não tive outra escolha, se eu ficasse naquele quarto de hotel junto com meus pais eu iria enlouquecer.
-- Ah, seus pais estão aqui? Vieram pro seu aniversário?
-- Não, eles vieram somente para provar o quão desnaturados são.
-- Que droga, tu não se dá bem com eles, certo? - ele realmente parecia preocupado, não conhecia esse lado.
-- Digamos que eles não são os pais do ano!
-- Posso te emprestar minha mãe se quiser, ela é demais.