6º capítulo

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Sarah's pov:

Abro os olhos depois de uma longa noite de sono. Não tenho a noção das horas, do tempo, de nada. Apenas sei que vou ter um encontro com o Nash. Devem ser para aí 10:30 da manhã... Olhei para o ecrã do meu telefone para confirmar. "Meio dia e vinte?" grito, arregalando os olhos. O meu encontro com o Nash será em menos de 2 horas e ainda estou a acordar!

Salto para fora da cama e vou a correr para a banheira. Tomo um banho rápido. Seco o meu cabelo molhado e de seguida penteio-o como eu gosto tanto de usar: uma só trança a escorrer pelas minhas costas... Olho para o telemóvel e já é 1 da tarde. Ao menos já estou quase pronta! Visto a roupa rapidamente e olho-me ao espelho.

Tudo parece estar direito, até eu me lembrar de um pequeno pormenor: O que vou dizer aos meus pais? Se eu lhes disser que vou sair com o Nash, eles vão-me obrigar a saír do trabalho porque nunca quiseram que me aproximasse de rapazes, apenas se eu tivesse a certeza de que fosse "O tal". Eu respondia-lhes sempre com coisas do género "Como é que eu vou saber quem é o tal se eu não me devo aproximar de rapazes?" e eles limitavam-se a acenar com a cara e dizer "Vais saber, sim. Basta um olhar...". Admito que isto me dá muito que pensar... Um olhar?!

Ponho um pouco de base e rímel e sento-me, esperando pelo tocar da campainha.

Ganho coragem e desco as escadas, encarando os meus pais.

Mãe: Onde vais?

Sarah: Vou sair com um amigo! Ele deve chegar daqui a nada...

Pai: Um amigo? Quem é esse amigo? - pergunta dando ênfase na letra o de "amigo".

Sarah: Apenas um colega de turma. - minto.

Pai: Hum, está bem... Mas juízo! - diz ele como sempre.

Finalmente, a campainha toca. Dou uns últimos retoques na minha comprida trança castanha clara com algumas madeixas loiras (a cor do meu cabelo). Os meus pais estão do outro lado da casa, ou seja, não vêm quem é o rapaz. Abro a porta e deparo-me com o Nash, como era esperado. Ele está bem arranjado, com um perfume que eu jamais esquecerei, ao contrário de mim. Embora esteja com um dos meus preferidos conjuntos de roupa, não chego nem aos calcanhares dele.

Nash: Estás linda. - diz sorrindo.

Estranho muito que ele dissesse aquilo... Mas admito que gostei, bastante, de receber tal elogio. Eu não são muitas vezes chamada de "bonita" ou algo do género. Talvez porque não sou tão popular como as outras que estão no grupo de Cheerleading, não sei.

Sarah: Obrigada! - respondo com uma cara de confusa.

Nash: Vamos. - acompanha-me, estendendo a sua mão. As nossas mãos juntam-se e, de repente, sinto-me mais segura. Como se estivesse com um escudo a proteger-me de tudo, embora não estivesse. O Nash é um grande cavalheiro mas tenho a certeza que me abandonaria no meio da multidão, infelizmente.

Vou com ele até ao seu carro, sempre de mão dada com ele.

Ambos entramos no seu espaçoso carro e eu sento-me no banco da frente, ao lado do seu. Ele guia até um restaurante, que eu desconheço.

Nash: Chagámos! - diz desapertando o cinto de segurança.

Sarah: Onde estamos? - pergunto um pouco curiosa.

Nash: Já vais ver.

Saio do carro e entro pela porta do restaurante. Uma música calma toca, baixinho, acompanhada do barulho normal das pessoas. Um empregado de fato preto acompanha-nos até à nossa mesa, que se situa no canto do restaurante.

Coro um pouco quando percebo que ele está a levar isto mesmo a sério, como um encontro romântico. A ideia até que me agrada... Ele é muito simpático e cavalheiro, tirando o facto das drogas. Mas se ele cumprir a promessa, ele vai parar.

Nash: Senta-te. - diz puxando a minha cadeira para trás.

Sento-me, agradecendo. Mais uma vez, o bonito empregado aparece...

Empregado: O que vão querer? - sorri, piscando-me o olho.

Nash: Eu vou querer lasanha por favor.

Sarah: Quero o mesmo por favor. - sorrio.

Aquele empregado é bem giro e pelo que parecia, simpático. Ele assente e volta-se para trás.

Sarah: Fala-me de ti. - peço ao Nash - O teu passado...

Nash: Fala-me tu de ti primeiro...

Sarah: Partes boas ou más?

Nash: Ambas. Começa pela que quiseres.

Sarah: Bom, eu tive uma boa infância: muitos amigos, amigas e diversão. Acho que quando estive mais feliz foi quando recebi um cão, no Natal! Mas agora, a pior parte: eu, eu... - tento dizer, mas nada sai da minha boca.

Nash: Podes falar à vontade. Eu ajudo-te no que for preciso, sabes disso.

Sarah: Eu fui violada. - digo tapando imediatamente a boca.

Vê-se a expressão de choque na sua cara e, por mais estranho que seja, na minha. Há muito tempo que não me lembro disto, o que fez com que as lágrimas me viessem aos olhos. Lembro-me de repente de tudo o que o homem me fez... Espancou-me, e muito.

Nash's pov:

Não consigo reagir. Ser violada é, provavelmente, a pior coisa que pode acontecer a uma rapariga... A única coisa que consegui fazer naquele momento foi inclinar-me sobre a mesa e beijá-la nos lábios. Consigo perceber que ela gostou do beijo, assim como eu. Separo-nos e limpo-lhe as lágrimas.

Nash: Ninguém te pode fazer mal.

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Babysitter // Nash GrierOnde histórias criam vida. Descubra agora