16 capítulo

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Leiam a nota final pff

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Sarah's pov:

Uma das coisas boas da minha família é eu ter muitos primos (e primas). Alguns têm a minha idade, alguns um ou dois anos mais velhos e os outros mais novos. Os meus pais disseram-me que na casa para onde eu vou vão estar lá dois dos meus primos um ano mais velhos e um amigo deles. Ainda bem, assim o Nash vai ter alguém com quem estar!

Amanhã apanhamos o avião Londres-Michigan. A viagem vai demorar algum tempo mas provavelmente vou adormecer ou falar com o Nash. Eu sei que lhe tenho que contar o que aconteceu mas não posso. Não agora. Vou aproveitar a semana ao máximo com ele e com os meus primos... Já não os vejo à anos!

Ainda não sei se ele me vai achar um montro por matar um pequeno ser humano que estava a crescer dentro de mim ou se vai ver do meu ponto de vista... Eu não podia ter um filho cujo pai era um violador. Só de pensar como seria olhar para os olhos do meu filho e me lembrar daquele dia. Do dia em que ele me violou... Eu tenho quase a certeza que o Nash não me vai deixar por causa disto... Ou melhor, espero que ele não me deixe por causa disto. Tudo está a acontecer tão rápido, está a ser tudo tão perfeito que até custa acreditar. Sim, é verdade que ele lutou contra o seu melhor amigo por mim, que eu estive com uma pistola apontada à cabeça e que me chamaram muitos nomes mas mesmo assim, isto está a ser muito perfeito. Nós ultrapassamos tudo, todos os obstáculos que foram colocados no nosso caminho nós lutámos e a nossa relação foi mais forte que tudo e todos. Eu adoro o facto de estar a correr tão bem, apenas estou a tentar não elevar muito as minhas esperanças porque a vida não é um conto de fadas, infelizmente.

Flashback on:

Finalmente acabou este dia de escola... Estava a ver que nunca mais. Pego na minha mochila e atiro-a para as minhas costas, prendendo-a com uma das suas alças. Saio pelos enormes portões da escola e sigo caminho para casa. Passo por uma rua que costuma estar bastante movimentada mas, estranhamente, hoje não está. Ainda é de dia portanto fico menos preocupada, mas ainda assim, estou um pouco assustada.

Continuo o meu caminho habitual até casa e de repente sinto uma mão quente a agarrar o meu braço com força. O meu coração começa a bater mais rapidamente e sinto o meu maxilar muito tenso. Como impulso, abano o braço para tentar fazer com que ele me largue mas ele não o faz. Ele empurrame contra um poste bruscamente, magoando-me nas costas. Grito de dor e medo ao mesmo tempo. O que é que ele me vai fazer?!

Sarah: Deixa-me ir por favor. O que queres de mim? - tremo enquanto as suas mãos fazem pressão nos meus ombros para me manter imóvel.

- Eu estive a observar-te por alguns tempos. Vejo que passas por aqui todos os dias hum? Eu quero-te a ti exatamente. - ele diz fazendo mais pressão, magoando-me cada vez mais nas costas devido e um pequeno prego que estava de fora no poste. Cada vez que ele faz mais força, cada vez o prego (a parte não bicuda mas mesmo assim muito dolorosa) está mais perto de entrar na minha pele. As palavras dele fazem-me estremecer e sinto o meu coração a sair pela boca.

Sarah: Como assim a mim? Por favor deixa-me ir, eu não te fiz nada. Por favor. - imploro com o coração na garganta.

- Achas que eu te vou deixar ir? - ele ri-se - nunca.

Ele faz mais um pouco de pressão com as mãos e sinto uma dor aguda nas costas. Grito alto não só de dor mas também de medo. O prego espetou-se.

- Oh magoaste-te? Pena, anda. Agora. - ele puxame para fora do poste e sinto o prego a sair. Ele envolve o meu pescoço num dos seus braços e coloca a sua mão em frente à minha boca, impedindo os meus gritos de pânico de sairem. Tento sair dos seus braços mas não consigo. Ele, de repente para de andar e eu fico ainda mais assustada. Fecho os olhos, não quero ver o que vem a seguir... Ele dá-me um pontapé com muita força na canela, fazendo-me gritar o mais alto que posso, mesmo com a mão dele a tapar a minha boca. Sinto a minha perna (onde ele deu o pontapé) a ficar dormente do joelho para baixo. A minha cara está extremamente molhada por causa das minhas lágrimas de desespero, dor, pânico e medo. Nunca imaginei que isto me fosse acontecer, nunca. Ele continua a andar e eu sou puxada por ele. Onde é que ele me está a levar? Ele para em frente a um carro e abre a porta de trás, empurrando-me para lá bruscamente. A minha perna dói cada vez mais. Ele fecha a porta e entra no carro pela porta do condutor.

Babysitter // Nash GrierOnde histórias criam vida. Descubra agora