"Não é vingança. É a lei de Newton: Para toda ação existe uma reação."
2013 - Fresno, CA.
Quando uma das pessoas que você mais ama no mundo todo é tirada de você estupidamente, você tem o direito de escolher como reagirá em seguida. Tristeza ou vingança? Uma cama ou uma arma? Matar o culpado ou fazê-lo sentir a mesma dor?
Seja como for, é você que escolhe.
— Tem alguém aí? Eu preciso de água. Quero tirar essa venda da cara! Vocês pegaram o cara errado, eu só estava indo navegar pelo mar...
— Três coisas. Você não vai precisar de água porque morto não sente sede e a água deve evaporar lá no inferno. Eu falo a hora que você vai me ver. E sim, pegamos o imbecil certo. Agora fica calado que eu não suporto sua voz.
— Podemos conversar... Seja lá quem você for. É só me falar porque estou aqui e entramos em um ótimo acordo. Não precisa acabar de um jeito ruim para nenhum dos dois.
— Acabar de um jeito ruim para nenhum dos dois? Você acha que sabe como tudo vai acabar? Você não faz ideia do que está por vir. E nesse momento, só quem pode se foder é você.
— Você vai me bater e eu nem sei porque. Não sei o que estou fazendo aqui. Eu só estava indo encontrar alguns caras...
— Acha mesmo que só vai apanhar? - Ela riu. - Vou te bater tanto, que se seus ossos não quebrarem, vai ser um puta milagre. Você vai apanhar muito e depois vai morrer.
— Por que? Eu posso pagar o tanto que quiser. Quanto seu chefe está pagando para me manter aqui? Eu dobro a quantidade. Triplico. E você me deixa sair daqui.
— Você é ridículo! Eu tenho mais dinheiro do que você imaginária ter na sua vida. E eu não tenho chefe, sou eu que mando. - Lhe acertou um tapa na cabeça, esperando que tivesse ardido pelo menos. - Vamos jogar. Me fale porque merece viver e não acabar com uma bala no meio da sua testa.
— Eu tenho família. - A mulher, que tinha cabelo colorido, procurou pela sinceridade, mas não achou.
— Você pensou na sua família quando fez a maior merda da sua vida? Pensou na sua família quando jogou meu irmão contra a garagem de uma casa? Ou quando saiu arrastando mais dois meninos com seu maldito carro? - Ela esperou por uma resposta ou até mesmo por uma reação por revelar o motivo que ele estava ali, mas ele nem se mexeu. - Pelo que vejo, você não ficou surpreso. Tenho certeza que já nos esperava mais cedo ou mais tarde por ter destruído três famílias. Acha mesmo que vou me importar com a sua família depois do que fez com o meu irmão? Não seja idiota.
— Eu sinto muito por tudo. Não era para ter acontecido daquele jeito, eu não vi eles na rua... - Um raio cortou aquele céu nublado, assustando todos dentro do galpão. - Me deixa...
— Não deixo porra nenhuma. Você subiu na maldita calçada e depois foi embora sem olhar para trás, sem saber quem matou. Você já não é um garotão que ainda está aprendendo a dirigir, você tem trinta e quatro anos. Sei muito bem que aprendeu a dirigir aos dezesseis.
— Me perdoa! Eu me entrego para polícia, faço tudo o que você quiser, mas me deixa vivo. Me deixa voltar para a minha família. Por favor me desculpa...
— Suas desculpas não trará meu irmão de volta. Não vai devolver a paz da minha família, da família das outras duas crianças. Poupe essa sua ladainha fajuta, não vale de nada.
— Por favor? Por... Favor. - Ele é frouxo. Lembrou quando ele foi deixado lá, mas ele nem o menos chorava como os frouxos que conhecia.
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Mais Que Vingança
RandomVinganças consiste na retaliação contra uma pessoa que te causou uma enorme dor. Igualar as dores poderia haver paz interior? Uma vida em troca de uma vida era certo, não? . . . . Um dia eu volto para arrumar todos os erros!