Antigo Aeroporto, Fresno, CA - December 6, 2018. 01:56 PM.
— Dorme menino está com soninho, a mamãe vai comprar um passarinho, e se o passarinho não cantar, um anel de ouro a mamãe vai dar... - Christopher cantarolava com a cabeça caída para o lado, enquanto observava Lauren olhado Camila e as meninas. - E se o anel não servir, um espelho então vou mandar vir, e se o espelho de partir, um cabrito te fará rir...
— Cala a boca, Heitor.
— Camila começou a cantar essa merda de música quando as gêmeas nasceram, eu não suportava e colocava qualquer coisa para não ouvir. Depois de anos ela voltou a cantar para o Kyle, dentro da barriga. - Lauren não queria acreditar em nada do que Christopher falava, nem mesmo citando o nome de Kyle. - Ficar olhando para ela, não vai fazer com que elas não sejam a minha família, Lauren.
— Ninguém merece um encosto como você na vida, elas merecem coisa melhor.
— Você? - Christopher gargalhou com gosto, não vendo Kristine sumindo aos poucos e logo voltando para o lugar de antes. - Vamos acordar a Camila, ela vai dizer quem é melhor.
Lauren queria dizer que amava a mulher em sua frente, amava as duas meninas que nem gostavam dela, mas o medo de perder qualquer uma delas era enorme, só por isso Lauren não jogava tudo na cara de Christopher.
— Se afasta delas ou eu atiro em você, Lauren. - Ninguém percebeu, mas uma delas estava acordada e não tinha muito tempo. - Não vai se afastar? Então eu vou atirar em uma das três... Melhor ainda. Kristine, acorda a minha linda e traíra esposa.
— Para que? - Christopher não respondeu a pergunta da loira, o que a deixou irritada antes de descer e parar de frente para Camila, acertando um tapa em seu rosto. - Um só será...
— Sua filha da puta. - Lauren se jogou contra Kristine, acertando um tapa atrás do outro na loira. Seus gritos faziam Christopher rir, também despertava mais uma das Cabello que tinha as mãos quase soltas. - ISSO AQUI É PARA VOCÊ NUNCA MAIS COLOCAR AS MÃOS NA CAMILA E NAS MENINAS.
— Chega. - Lauren parou com seus tapas ao ouvir um tiro, soltando Kristine para ver se não tinha pegado em nenhuma das cinco, porque ela acreditava que Hailee e Hilary ainda estavam vivas apesar de tudo. - O próximo tiro vai ser na Camila.
— Se elas são mesmo a sua família, não teria coragem de fazer nada com elas.
— Como não? A Camila me traiu com o banana do Gregory, com a imbecil da Leigh-Anne, com o Cole eu achei demais. E depois você, logo você. Que nojo. - Do lado de fora, de frente a vidraça que Lauren havia quebrado com o carro, o seu pequeno, talvez mínimo, reforço se aproximava sorrateiramente. - Acha mesmo que não tenho coragem de atirar nela? Ou na Emily? Essa menina sempre me deu problema, além de odiar o próprio pai. Também tem a Hanna, apesar dela sem a minha preferida, ela me decepcionou...
— CALA A PORRA DA BOCA. - A explosão de Lauren fez com que Hanna e Emily levassem um susto, mas ninguém além da pessoa que entrava viu. - VOCÊ NÃO VAI ATIRAR EM NENHUMA DELAS, PORQUE EU NÃO VOU DEIXAR.
— NEM EU.
Lauren puxou a arma da cintura ao reconhecer a voz que tinha acabado de chegar, sabendo qual era a primeira e única regra entre as duas: atira primeiro e pergunta depois.
Foi o que as duas fizeram. O tiro de Verônica havia acertado o peito de Christopher e o tiro de Lauren havia pegado em Kristine, ambos, agora, caídos no chão.
— Desgraçada... - Kristine começou a chorar, sentindo o sangue escorrer por seus lábios. - Não era assim...
— Eu esperava esse tiro da desgraçada da Dinah, Vero. - Christopher riu para disfarçar, mas se sentia tonto feito uma barata. - Somos todos uma família, como chega atirando assim?
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Mais Que Vingança
RandomVinganças consiste na retaliação contra uma pessoa que te causou uma enorme dor. Igualar as dores poderia haver paz interior? Uma vida em troca de uma vida era certo, não? . . . . Um dia eu volto para arrumar todos os erros!