" ~ " Uma delas ouvindo vozes.
Condominium Fresh Air, Fresno, CA - September 29, 2018. 06:12 AM.
O sábado havia amanhecido quente em Fresno, um ponto a favor da festa que começaria antes do almoço. Dinah tinha sido a primeira pessoa a se levantar para ir trabalhar por poucas horas, pelo menos era o que ela pensava. Desceu a escada com cuidado para não fazer nenhum barulho porque sabia que Camila estaria dormindo no sofá desde a madrugada. Aquela época do ano acabava com ela.
— Fiz seu café, não saía sem comer. - Dinah se desequilibrou ao levar um susto, caindo de bunda no último degrau.
— Caralho, Camila. Achei que ainda estava dormindo. - Se levantou com a mão no local do tombo, xingando Camila silenciosamente.
— Posso te ouvir xingar, Dinah. Pega seu café de uma vez antes que chegue atrasada. - Camila permaneceu deitada com seu cobertor que tampouco acabava com seu frio, mesmo sabendo que lá fora estava quente.
— Eu desci no mais completo silêncio para não te acordar e você me faz cair de bunda na escada. Ainda bem que o meu celular não estava no bolso de trás.
— Perdi o sono na madrugada. - Os olhos de Camila estavam na janela da sala, dava para ver o sol que ela não sentia que aquecia sua casa.
— Quer conversar? Ainda tenho meia para chegar lá. - Dinah se sentou no chão de frente para Camila, levando sua mão até os fios bagunçados de sua cabeça, descendo até sua testa. - Você está com febre.
~ Eu acho que não tem problema gritar uma vez ou outra. Quando você é calma demais, a criança abusa.
~ Eu não vou gritar com as minhas filhas, Sofia. Eu sei conversar muito bem com elas.
~ Isso porque elas só tem cinco anos. Quero ver quando passarem dos quinze, querida.
~ A Mackenzie vai chegar primeiro que elas, quero ver como vai ser.
~ Se tiver que gritar, eu vou gritar, Kaki. Não engravidei cedo para ter um filho gritando comigo.
~ Somos diferente, Sofia. Eu não vou gritar com elas e pronto. Nunca.
~ Nunca é muito tempo, Camila. Mas quando esse dia chegar, eu sei que vai lembrar de mim.
— Sofia estava certa. Estou me sentindo uma péssima mãe, Dinah. - Fechou seus olhos para reprimir sua vontade de chorar. - Sempre disse que não gritaria com elas e olha o que fiz? Eu sou uma péssima mãe.
— Claro que não, Mila. Uma péssima mãe não se importa com nada do que o filho faça. Você não gritou só por gritar, elas estavam gritando uma com a outra, você tinha que fazer elas pararem antes de ficar pior. - Camila abriu seus olhos de novo, encontrando Dinah e seu sorriso acolhedor. - Você quer o bem para elas e as duas sabem disso. É isso que as mães fazem.
— Você acha que a Lauren aparece? - Dinah não tinha entendido como um assunto havia pulado para o outro. - O aniversário da filha dela é hoje.
— Tecnicamente é só na segunda. E pelo que ouvi, ela viajou ontem depois que saiu do trabalho. Acho que a Aria vai passar o aniversário sem a mãe do lado dela.
— Pode procurar saber se ela vai fazer isso mesmo? - Se sentou. - Não é da minha conta, mas eu ouvi ela falando com a Emily sobre as duas passarem o dia juntas e ela não estava contente.
— Se a Lauren perder o dia de hoje, pode deixar que eu mesma acabo com ela, tá bom?
— Faça isso em outro dia e longe da Aria, ela não precisa ver.
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Mais Que Vingança
RandomVinganças consiste na retaliação contra uma pessoa que te causou uma enorme dor. Igualar as dores poderia haver paz interior? Uma vida em troca de uma vida era certo, não? . . . . Um dia eu volto para arrumar todos os erros!