Alvo de olhares surpresos, Sophia sentia-se um pouco timida, o senhor Black não expressou nenhuma reação, não era comum que pessoas normais entrassem na Black Star, ainda mais pessoas tomadas por curiosidade, sim, o senhor Black já havia notado Sophia a tempos, desde que olhou para a cafeteria pela primeira vez.
O velho senhor Black tinha mais era receio que a garota tivesse visto algo suspeito em seu estabelecimento, não estava tão errado, Sophia nunca vira algo suspeito, o próprio local em si era suspeito.
Como que de costume, Gai estava sentado na alta cadeira do balcão e Maya numa mesa sozinha exalando fofura, mas num canto envolvido pela pouca luminosidade estava Jaggler, o senhor Black observava os três certificando que não haveria briga enquanto Sophia sentava-se ao lado de Gai.
-Bom dia senhorita, no que posso servi-la? -Disse o senhor Black amavelmente.
-Café. ... por favor. ..! -Disse a garota examinando o lugar, não era um point nerd como imaginara.
Com um gentil sorriso o café é servido e foi café mais saboroso que Sophia bebeu na vida, um sabor galatico, interestelar.
Com passos largos e largados Jaggler se aproxima do balcão e atira um jornal na frente de Gai, a notícia de capa era de desaparecimentos misteriosos que andavam acontecendo na cidade.
-Não creio que estamos aqui pelo mesmo motivo Gai! -Diz Jaggler- Vai depender de quem chegar primeiro. .. ou descobrir primeiro hahaha
Sophia observava Jaggler, parecia desafiar Gai, descobrir o que primeiro? Chegar primeiro? Do que falavam? Perguntava-se a garota.
Os policiais observavam o carro chegando, um homem baixo mas com aparência atlética e uma mulher bem vestida descem, o homem, chefe de polícia da cidade e tio de Sophia pergunta de imediato onde está a garota seguido da mulher que é sua irmã mãe de Sophia.Nota: Sophia era bem protegida na cidade pois seu tio sendo o chefe de policia ninguém se atrevia a incomoda-la.
A mãe de Sophia, uma senhora bem vestida, uma senhora alegre, entra na Black Star igual um soldado das forças especiais atrás da filha mas logo se transforma numa amorosa senhora ao ver a filha sentada ao lado de Gai. -Que rapaz bontão! - pensou
O Senhor Black prontamente atendeu a senhora oferecendo café, Judy encantada com a gentileza do atendente ficou firme em sua missão no local.
-Agradeço senhor mas vim apenas buscar minha filha.
-É por conta da casa!
-Sendo assim, aceito! -Sorriu a mulher.
Mas o sabor estelar do café não deteve Judy de metralhar a filha com perguntas.
-Quem é o bonitão? -Observou Jaggler sair da cafeteria com um sorriso sarcastico para Gai.
-Mãe. ...
-Você não me disse que estava namorando.
-Mamãe! !!
Gai engasgou
Tentando uma rápida explicação a garota defende-se.
-Mãe esse é o rapaz da feira outro dia, o encontrei aqui.
-Prazer,Gai!
-Prazer meu jovem.
Judy rodou os olhos pelo estabelecimento até mirar Maya-Chan.
-Aaaaaahhhh quem é essa garota tãããããoooo fofinha?
Surpresa, ou assustada mesma com o repentino ataque de abertões na bochecha Maya-Chan pedia socorro com os olhos para Sophia.
-S-senhora.... senhora... por favor. ... paraaaa!!!!
-Porque está sozinha aqui mocinha? Aquele gatão que saiu é seu namorado?
-Jaggler? Aquele patife? Nunca!
-Ai você é tão lindinha com essa fita azul no cabelo!Enquanto Gai e Sophia eram interrogados por seu possível relacionamento e Maya-Chan era atacada por sua fofura selvagem, Jaggler saia da Black Star encontrando os policiais na saida.
-Aaa esse é o sujeito da espada chefe.
-Hey você, parado ai!Qual seu nome?
-Me chame apenas de Jaggler, chefe! -Riu sadicamente. -Eu tenho autorização e deixei minha espada sob a proteção da polícia para não haver problemas.
O chefe Louie pediu a identificação de Jaggler e devolveu após verificar que estava tudo em ordem.
-Tenha cuidado em sua estadia na nossa cidade rapaz, coisas estranhas andam acontecendo durante a noite, especialmente nas florestas nas redondezas.
-Eu sei chefe, por isso estou aqui!
Sorriu para o chefe e agradeceu.-Onde você mora Maya-Chan? Não lembro de ter visto você pela cidade ou na feira! -Perguntou Judy.
-Não sou daqui, estou apenas de passagem pela cidade.
Sophia pensou. -Ela também?
Três viajantes, três forasteiros, todos bem vestidos, dois rapazes e uma garota.
Ainda sem dizer muitas palavras com Gai por culpa da timidez, Sophia nota algo peculiar, até que Gai e Maya-Chan eram de algum modo parecidos, seriam irmãos? , pensava a garota, o olhar, eles tinham o mesmo olhar, distante e nostálgico.
-Vou indo Maya-Chan, prazer em conhece-la.
-Igualmente senhora.
-Você e esse bonitão nos visitem a hora que quiserem, pode nos encontrar na feira.
-Obrigado! Disseram os dois.
-Então sua arteira vamos para casa! -Disse sorrindo para Sophia a puxando pelo braço.
Foi apenas o tempo de dar tchau para Gai.
Ao ver mãe e filha saindo , Maya olhou para a xícara, seus pensamentos voaram longe e ela segurou o choro.Corria a notícia naquela cidade que pessoas estavam desaparendo na floresta a noite, nenhuma pista, nenhum rastro, nenhum vestigio, mas havia relatos de luzes estranhas e uns acontecimentos bizarros.
Um ou outro aventureira se embrenhava na floresta pra tentar descobrir o que estava havendo e as vezes alguns deles nunca mais voltavam, a tensão aumentou quando algumas pessoas relataram acontecimentos estranhos e arrepiantes na cidade, a polícia estava em alerta pois o inimigo parecia agir em qualquer lugar.
Ao entardecer de um dia um pouco frio, dois homens entraram na floresta em mais uma tentativa de encontrar os desaparecidos, carregavam armas suficientes para se defenderem de algum ataque normal e natural, mas o que aconteceria ali não era normal e nem natural.
O céu esteva limpo, fazia frio, uma vez que outra uma brisa gelida soprava, não ouviam nada além do vento nas árvores, os pássaros psreciam evitar o local, não havia pássaros, muito menos insetos, só o som da solidão.
A medida que caminhavam a floresta abria e fechava sobre eles, a primeira estrela vespertina.
Um som.
Os homens apontam suas armas.
Nada.
Um dos homens olha a hora, 18:15, outro som, como madeira sendo batida e partida, vindo de todas as direções, não sabiam que lado apontar as armas nem se seriam atacados por algo,se fossem, o que seria?
Deram alguns passos trilha abaixo, tudo ficou num silêncio ensurdecerdor, até o vento pareceu prender o fôlego, sentiram a variação termica de abafamento subitamente, quase que sufocando os homens.
O homem olha novamente no relógio, 18:15.
-Meu relógio parou ....
O outro olha o seu relógio.
-São 18:15
-Meu Deus. ... era 18:15 ha uns sete minutos atrás.
Ambos relógios estavam parados, ou... o tempo parecia ter parado.
Um vento forte veio soprando a trilha levantando folhas.
-Acho melhor a gente ir embora!
-Vamos com atenção até o jipe, não baixe sua arma.
O som de madeira partida voltou a ecoar trazendo junto o som de metal sendo esfregado, um som aterrorizante, fazendo os homens arrepiarem até o último fio de cabelo.
De costas um para o outro apontando o fuzil para todos os lados, os homens tremiam de medo sem saber que direção fugir.
O som de madeira partida ficou mais alto e a floresta precipitou sobre eles.
A floresta os engoliu.
Não tiveram tempo de gritar.
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Black Star
AdventureEm um mundo cheio de conflitos uma história fora da realidade acontece, Sophia, uma humilde,simples garota do interior tem sua vida mudada pela chegada de dois amigos que vieram de muito longe, transpasando o tempo e o espaço e dando uma nova perspe...