A morte do monstro e a neblina gélida

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A cidade dormia, poucas luzes acesas, o silêncio era triste e nostálgico, muitas coisas aconteceram e as pessoas foram tomadas por medo e preocupação.
Os sons dos passos foram interrompidos por uma viatura da polícia que passou patrulhando a rua, o andarilho escondeu-se atrás de uma árvore, não estava fazendo nada ilegal mas não queria se tornar suspeito da polícia.
Gai reconheceu o tio de Sophia na viatura que logo virou a esquina e sumiu na outra rua.Um vento gelado soprou.A lua crescente já havia ido embora deixando apenas o céu escuro estrelado.
Gai fora convidado a se hospedar na casa de Sophia junto com Maya-Chan mas recusou momentaneamente com receio de colocar a família em perigo, ele precisava deter Saturno a todo custo.
Apesar dos avisos, dos ocorridos e a polícia ter colocado toque de recolher por não era seguro na rua após ao anoitecer, alguns jovens insistiam em aventurar-se.
Na praça da cidade, alguns adolescentes bebiam, fumavam e riam alto, desmerecendo todo aviso de que não era seguro, ninguém sabia realmente o que estava acontecendo naquela cidade e eles não sabiam que no escuro um homem asqueroso os observava.
-Preciso achar o receptáculo, mas estou com muita fome....
Dizia o homem babando, sua pele cheia de feridas exalava um cheiro de infecção, os cabelos compridos sebosos caiam-lhe sobre o rosto e o sorriso sadico tomava conta da sua boca putrefa.
Na outra rua a viatura diminuia a velocidade, o tio de Sophia reconheceu a menina de fita azul no cabelo caminhando sozinha na rua, na madrugada.
-Hey menina! O que faz sozinha aqui? Não é você a garota amiga da minha sobrinha?
Maya não respondeu.
-Gatota estou falando com você. ...
Parou a viatura e saiu, segurou Maya pelo braço que revidou.
-Calma ai mocinha, não vou machucar você, venha, vou levar você em segurança até a casa da minha sobrinha.
Maya ignorando qualquer ordem continuou a caminhar e o policial não teve alternativa se não imobilizar a garota, segurou-a por trás e a garota resistiu,  tomou uma surpresa.
-Nossa!!! Que força que ela  tem!!!
Disse o homem soltando Maya por não aguentar a resistência da garota.

Os adolescentes bebiam e riam quando o homem exalando podridão aproximou-se.
-Olha só pra isso....   ! Disse o jovem surpreso.
Não esperando reações ou fugas o homem asqueroso precipitou sobre um dos jovens derrubando no chão e rasgando sua garganta e com uma fome anormal sugou o sangue, bebeu com tanta sede que logo o corpo sem vida ficou palido, os outros olhavam paralisados, chocados quando uma luz atacou o homem fazendo-o se queimar.
As queimaduras fizeram o homem deformar, transformando num verdadeiro monstro.
Agora carregando apenas sua inutilidade e esquecendo da missão dada por seu mestre ele apenas foge, pelas ruas escuras com a dor latejante das vítimas que ceifou a vida.
Fugiria? Apenas fugiria?
Um castigo por todo horror e medo que tocou na cidade não seria melhor?
-Mas eu só estava com fome! Diria ele.
Não é justificativa.
Um vento gelado soprou e na sua frente uma doce e meiga garota de fita azul no cabelo se apresenta.
E tão terrível quanto a luz de Gai, Maya-Chan lança seu ataque de luz, mais intenso, mais forte e aumentado pelo ataque de Gai que chegou para somar forças com a menina.
O monstro sem vida tomba no chão.
O policial Louie chega correndo ofegante. -Que diabos está acontecendo aqui?  Pergunta.
Gai olha para o homem e diz numa voz seria.
-Esse é o assassino da floresta policial.
-Mas. ... meu deus, isso nem parece um ser humano.
-Não é!
Louie olha para Gai sem entender.
-Como assim garoto?
-Existem muitas coisas que a polícia comum não pode resolver. ...

O policial olha para Maya-Chan e pergunta.
-Sophia sabe disso?

Do alto da colina Saturno acendia a chama do cigarro, a figura do homem de terno no meio da floresta começa a ganhar cores com a aproximação do amanhecer.
Uma tragada. Uma frase.
-Sei que você está ai!
-Eu sabia que minha presença não podia ser escondida.
-O que você quer Jaggler?
-Nada, apenas conversar, parece que seu empregado acabou morrendo. ..
-Era um fraco, um inutil.
-Será?
-O que quer dizer?
-Parece que você não percebeu, não foi seu monstro que foi fraco, Maya e Gai estão ficando mais fortes desde que chegaram a esse planeta.
-E porque você também não está mais forte Jaggler, já que vieram da mesma estrela?
-Porque eu não fui escolhido pela luz.....

Saturno sorriu e uma neblina gélida começou a se espalhar pelo local, um homem de terno branco sorriu.
-Grande Mestre Saturno, eu o saúdo.

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