ALERTA: ESTE CAPÍTULO CONTÉM CENAS MAIS FORTES. VOU COLOCAR ESSAS PARTES A NEGRITO PARA QUE POSSAM SALTAR SE FOREM SENSÍVEIS E NÃO QUISEREM LER.
<3
Alpes, Suíça, Ano de 1.995 d.C.
A paisagem que se estendia à minha frente era absolutamente maravilhosa. Por mais solitário e nervoso que estivesse, uma visão tão bonita deixava-me sempre deslumbrado. A imensidão verde era algo que já não se via com tanta frequência. Isso deixava-me triste e melancólico, ver as florestas a desaparecerem para dar lugar a edifícios cinzentos um pouco por todo o mundo. Não que os edifícios fossem todos feios, afinal, havia verdadeiras obras de arte arquitetónicas ao virar da esquina. Mas gostava muito mais da natureza, das suas obras de arte naturais e, infelizmente, havia poucas exceções ao padrão "cidade cinzenta". Eu estava numa dessas exceções, mas não podia apreciá-la completamente.
Senti o nervoso miudinho a avolumar-se dentro de mim e embrenhei-me mais na solidão da montanha, longe de todos os cheiros que me assolavam o olfato apurado. Principalmente, queria estar longe de qualquer criatura que andasse por ali, pois chegara mais uma vez àquela altura em que o meu corpo clamava por outro. Tinha de me manter longe das tentações porque não queria magoar ninguém. Só a distância mantinha os outros a salvo de mim. Só a distância me mantinha a salvo de mim mesmo.
Aspirando o ar puro da floresta, senti o calor crescer dentro de mim, cada vez mais forte. Era uma sensação muito estranha e sabia que nunca pararia de a sentir. A minha esperança de encontrar alguém perfeito para mim tinha-se dissipado há muito tempo atrás. Era um lobo solitário e eu sabia que o seria para sempre. Não tinha ninguém no mundo. Não tinha ninguém para ralhar comigo, nem para me confortar nos momentos de tristeza. Não tinha ninguém que me fizesse rir, nem chorar. Era um pouco triste, mas era a minha vida.
Sentindo a pressão atingir um nível extremo, apoiei a mão numa árvore de tronco largo ali perto e dobrei-me sobre mim mesmo. As pernas começavam a falhar-me. O alto marcado nas minhas calças comprimia-se contra o tecido, lutando para se libertar. Queria tocar-lhe e aliviar a pressão, mas controlei-me. Os suores frios começaram, empapando-me o cabelo contra a pele. Porque tinha de ser tão horrível e quase doloroso?
Não aguentava mais o ardor entre as pernas. Só conseguia imaginar corpos nus a chocarem uns contra os outros. Peles suadas. Carícias e suspiros de prazer. Levei a mão às calças e apertei numa tentativa de reganhar alguma consciência. No entanto, quando estava naquele estado até a dor parecia agradável. E então chegou aquele odor a gargalhadas que me envolveu e me deixou obcecado. O que fazia ali uma fêmea ómega, no meio do nada?
Sem conseguir pensar, o instinto guiou-me pela floresta até chegar a uma roda de campistas. Não havia como enganar. Estava lá um casal de alfa e ómega a beijarem-se dentro de uma tenda e do lado de fora estavam duas ómegas a conversar e a rir. Havia mais um beta no grupo, mas parecia ter-se afastado para fazer as necessidades no meio do mato. Eu não ia conseguir evitar mesmo que quisesse.
Aproximei-me lentamente, como um predador a circundar a presa, e deixei de exercer controlo sobre o meu cheiro, espalhando-o no ar. Naquele momento, eu era como uma daquelas plantas exóticas que produzia um odor para atrair os insetos para a sua morte. Soube quando o meu cheiro atingiu as duas ómegas, deixando-as imediatamente excitadas e recetivas. O casal dentro da tenda não devia sentir o cheiro dele com grande impacto, mas seria o suficiente para fazer com que o ómega se esfregasse no seu alfa com mais fervor. O beta não sofreria nenhum tipo de influência, por isso, sabia que tinha de ser rápido e eficaz.
- Olá! – Cumprimentei, surgindo na borda da clareira. – Peço desculpas por interromper, mas alguma das meninas me diz onde é a estrada principal? Vim fazer uma caminhada e perdi-me um pouco. – Deliberadamente passei a língua nos lábios lentamente e observei os dois pares de olhos a acompanhar o movimento.
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Pure Wolf (JiKook - ABO)
FanfictionJeon Jungkook é o último lobo puro, um alfa, cuja família foi completamente massacrada e que luta todos os dias pela sua própria sobrevivência. A sua parceira ou parceiro, que tem a marca, nunca chegou a aparecer e agora parece-lhe uma possibilidade...