Pure Wolf (JiKook - ABO)

Capítulo XXVIII

ALERTA: ESTE CAPÍTULO CONTÉM DESCRIÇÕES DETALHADAS DE CENAS SEXUAIS. VOU COLOCAR ESSA PARTE A NEGRITO PARA QUE POSSAM SALTAR SE FOREM SENSÍVEIS E NÃO QUISEREM LER.

<3

Busan, Coreia do Sul, Atualidade (Correspondente a: Capítulos XII, XIV e XV)

Terminei de tomar banho, ouvindo a pulsação acelerada do outro rapaz. Era como música para os meus ouvidos. O pior foi quando procurei por uma toalha para me limpar, não encontrando nenhuma e molhando o chão todo no processo. Era lamentável, mas tinha de recorrer ao ómega.

- Jimin! – Chamei de forma a que a minha voz não revelasse o mínimo indício do que tinha acontecido.

- Sim? – A sua voz foi uma fraca tentativa de soar indiferente, mas eu não queria envergonhá-lo mais.

- Esqueceste-te de me dar toalha. – Ouvi os seus passos afastar-se depois de balbuciar umas desculpas atrapalhadas.

Pouco tempo depois bateu suavemente à porta da casa-de-banho. Avancei até ela, destranquei-a e abri um pouco. O suficiente para que o ómega me desse a toalha, mas mantendo-me atrás da porta. Ele estendeu a mão direita para dentro da casa-de-banho e foi impossível não reparar que ele tremia como uma vara verde. A toalha era cor-de-rosa, mas isso não era nem um pouco uma ofensa à minha masculinidade como talvez outros alfas pudessem pensar. Ignorando esse facto, foquei-me no estado de tremedeira em que o outro se encontrava.

Decidi agir de forma dramática, agarrei-lhe o pulso com suavidade e abri mais a porta, mantendo apenas a parte inferior do corpo escondida atrás da porta. O ómega estava ali de olhos arregalados, a tremer, como se tivesse visto um fantasma. Mas a sua pulsação estava desenfreada e o cheiro parecia apenas conter excitação.

- Obrigado. – Tentei manter um tom calmo, tentando fazer com que ele relaxasse. Mas não consegui evitar dar-lhe um toque mais sedutor. – Estás com medo de mim? – Ele não disse nada. Ficou parado a olhar para mim, corando cada vez mais. Tentei ficar impassível, não demonstrando o receio que eu tinha de que ele tivesse medo de mim. – Não te vou fazer mal, Jimin. Não precisas de ter medo de mim...

- Não tenho medo de ti, Jungkook. – Era simplesmente maravilhoso ouvi-lo dizer o meu nome. Acariciei calmamente o seu pulso, deslizando os dedos na sua pele sedosa até agarrar a toalha. Perguntei porque é que ele estava a tremer. – Deixas-me nervoso. – Não esperava tanta sinceridade.

- Nervoso? – Tirei a toalha da mão dele e puxei-a para dentro para a colocar à volta da cintura. Precisava de me afastar um pouco ou cometeria uma loucura. Tinha acabado de me masturbar a pensar nele e já queria consumi-lo novamente. Queria beijar aqueles lábios carnudos e chamá-lo de meu. Mas isso seria a última coisa que faria em plena consciência. Jamais correria o risco de deixar demais o meu cheiro nele. Ou pior... Se o beijasse nos lábios ele poderia ficar marcado comigo. Isso seria péssimo...

- Essa pergunta vale outra em troca? – A sua pergunta magoou-me um pouco. Parecia que afinal eu era apenas uma espécie de rato de laboratório para ele.

- Esquece, já vi que estás apenas a tentar dar-me a volta. – Tentei fechar a porta, percebendo, no entanto, que não o poderia fazer com o braço do ómega no caminho. – Afasta-te. – Não usei a minha voz de alfa, mas fui severo com ele para que percebesse que estava zangado. Ele não se mexeu. – Disse-te para te afastares... - Abri a porta, apesar de isso fazer com que visse o seu rosto novamente. Ele continuou sem se mexer. – Eu disse-te... - Lutei para continuar a falar, mas as palavras foram morrendo nos meus lábios à medida que aqueles olhos piscavam na minha direção. Parecia mesmo uma gazela indefesa.