Capítulo Quatro: Me carregando até a Escola?💔

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Emily Calium;

Quando nossos pais nos chamaram pra almoçar eu comecei a cogitar a idéias de que ele nunca mais fosse embora. Já estava ficando insuportável... 

A irmã dele era super legal. Ela me perguntou varias coisas, nas quais eram fáceis de responder, mas algumas eram delicadas de mais pra alguém da idade dela. Ela tinha o jeito inquieto de conversar do irmão.

– Você namoraria com o meu irmão? – perguntou a pequena enquanto comiamos.

Eu quase me engasguei com a comida. Sério. Meus pais tetatam segurar o riso, igualmente aos pais dele, mas não falaram nada. Olhei para o mesmo, que estava me observando como quem dissesse todo convencido “Claro que namoraria!”. Repirei fundo, tentando não atirar meu garfo na garganta dele,e respondi:

– Não. 

Meus pais se entreolham, e os pais do Jake abaixam a cabeça. Olho pra ele, que está com cara de taxo. Sorrio por dentro, só de saber que esse estrume de gente não está feliz.

– Por que não? – pergunta Jane.

Droga, sempre tem que ter um por que né? A vida poderia ser mais fácil, mas não... Tem que ter o merda de porque!

– Por que eu não penso em namorar, quero apenas estudar – falei dando uma garfada na alface.

– E depois dos estudos? – ela pergunta de volta.

Vejo que nossos país estão só se divertindo com a situação.

– Hm, talves. Mas não com seu irmão – olhei pro meu pai.

– Então você gosta de alguem, certo? – Jake se manifestou.

– Eu não disse isso, eu quis dizer que... – comecei, sentindo um frio da espinha.

– Eu já entendi, Emily, e até já sei de quem você gosta – sorriu vitorioso, como se soubesse de quem eu "gosto".
– Por que vocês não param de falar sobre namoro? Acho que a Emily tem razão, é muito cedo pra isso – Lorena sorri, pegando a taça de vinho.

Continuamos comendo, e nosso pais falando sobre a empresa.

Acabou que meus pais fecharam contrato com os pais dele, e agora todos são sócios. Sr. e a sra. Blum saíram e se despediram do meu pai e da empregada, que eu ainda nem sei o nome, Jane deu um beijo no meu rosto e disse que adorou me conheci. Falei o mesmo dela, e então ela foi.

– Tchau, marrentinha – me abraçou pela cintura.

Senti um arrepio corre em todo meu corpo, e meu cérebro parou de funcionar por um milésimo de segundo.

Então, beijou meu rosto também, fazendo meu coração bater a mil.

Segunda-feira

Ontem passei o resto da tarde ajudando meus pais a desempacotar as coisas, e descobri que o nome da empregada era Abbie. A comida dela era execente.

Quando fui dormir, avistei pela janela do meu quarto, que a janela do quarto do Jake ficava no mesmo rumo. Estava acesa, e eu tive uma brava curiosidade de saber o que ele estava fazendo naquela hora, mas foi bem breve.

Hoje acordei, fui até o banheiro, escovei meus dentes, tomei banho, coloquei minha roupas íntimas, passei um hidratante, e vesti uma calça jeans clara, um cropped branco, uma camisa xadrez [multimídia]. Eu já disse que minhas roupas favoritas ainda não chegaram? Deixei na outra mala, que estava na casa velha. Eu acho que essa roupa é muito aberta, prefiro minha boa e velha blusa de moletom.

Desco e tomo café na companinha dos meus pais.

– Gostou de conhecer os amigos da mamãe? – minha mãe pergunta ajudando a Abbie a colocar as coisas na mesa.

– Mãe, para de falar comigo como se eu fosse criança – reviro os olhos – E sim, a sra. e o sr. Blum são legais.

– Não sabia que o Jake era da sua sala – meu pai comenta levando a xícara de café até a boca.

– Eu também não, querida – minha mãe sorriu.

– Ah, eu nem ligo pra existência dos garotos na sala de aula. Aliás, não ligo pra existência de ninguém – reviro os olhos novamente.

Saindo de casa, vi Jake saindo também. Pro meu azar ele veio falar comigo, droga!

– Quer uma carona pra escola marrentinha? – sorriu malicioso me olhando de cima abaixo.

– Não, eu tenho pernas, posso ir sozinha – falo séria.

– Ah, que isso, por que não aceita? Tem medo de eu te morder? – pergunta rindo.

– Eu não vou pra escola junto com você. Nem sendo carregada!

– UH, ta aí uma boa ideia, marrentinha – riu – Vou te carregar até a escola.

– O que?! Ficou louco – rio da falta de cérebro desse idiota. Como ele vai me carregar até a escola. – Você não teria...

– Você está duvidando da minha capacidade, marrentinha? – chegou mais perto, fazendo aquele arrepio ma espinha correr.

– Pare de me chamar de marrentinha – mandei.

– Que foi, marrentinha? – sussurrou a ultima palavra – Você tem medo de mim? – se aproximou mais um pouco.
– Se você tocar em mim, eu mato você – avisei, cruzando os braços.

– É, é? – ele olhou pro meu corpo todo, então colocou o dedo no meu ombro – Toquei.

Arrepiei tudo.

– Idiota – sorri sem querer.

– Nossa, é primeira vez que te fiz sorrir, mereço um premio por isso – rii e então se aproximou mais, fazendo com que nós dois ficassemos a apenas alguns centímetros de distancia.

– Eu vou te levar pra escola, você querendo ou não, marrentinha – sussurrou no meu ouvido, fazendo minhas pernas ficarem bambas.

Eu me distanciei para trás um passo, mas tropecei numa porcaria de pedra. Ele ele não tivesse me segurado eu teria morrido, mas logo ele me colocou em cima de seus ombros. E assim, dito, ele me carregou até a escola!

Aquele Sem Noção 1Onde histórias criam vida. Descubra agora