Anjinho arretado e o Urso dobrado - Parte Final Feliz

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Acima pus um áudio lindo e pra cima que combina com o clima descontraído desse namoro.

A letra é linda, mas não achei um vídeo com a tradução. 

Tentei tratar com o máximo respeito os personagens que foram inspirados em dois lindos leitores (sendo o Matheus, autor também).

***

Por Matheus...

Naquele primeiro encontro fora do trabalho, nós conversamos até dez horas da noite. O movimento era contínuo na cidade devido ao turismo e foi delicioso ficar "proseando" como ele diz.

Adoro suas expressões e achei uma gostosura trocar nossas vivências e curiosidades. Afinal viemos de dois extremos, ele do Rio Grande do Sul e do nordeste, um gaúcho e um cabra da peste, haha.

Sei que demos risada, conversamos até a boca ficar seca e deixei ele me dar um abraço. Ai que bicho quente, senhor apaga a luz!

Foi só isso! Fim, amém!

Naquele dia né. 

Trabalhamos juntos e ainda não saberíamos como lidar com um namoro no ambiente de trabalho. É foda ter isso misturado e também, eu não queria ter que optar por uma das duas coisas, pois ambas me faziam muito feliz. Adorava meu trabalho e adorava cada vez mais a minha amizade colorida com ele.

Até do tal do "chima" eu passei a gostar. 

O que a gente sentia ficava mais claro e forte a cada dia. Ele me tratava bem, mas tinha dias que avermelhava feito tomate e segurava a língua pra não brigar comigo. É o jeito dele, não posso querer que o boy tenha aquele jeitinho de príncipe porque isso é ilusão. Muriel é muito franco, conheci ele assim e essa forma honesta de agir sempre lhe foi um ponto positivo comigo. Ele é do mesmo jeito hoje, como quando o conheci.

Passei a cuidar sozinho do encarte, porque seu André abriu uma filial no outro bairro e Muriel fica mais lá do que cá. Dá saudade e a gente conversa pelo Skype. 

...

Passados uns meses, o tesão transbordou e por isso nosso primeiro beijo foi quente, muito quente. O namoro começou assim, devagar e gostoso demais.

Muriel, às vezes é afobado, outras vezes um gentleman. Umas vezes submisso, outras (muitas) vezes, um dominador. 

Transar com ele desde a primeira vez foi como escalar um vulcão que expele fumaça e lava, calor, cansaço, euforia e paixão. É meu urso dobradinho, guardado no bolso, obediente que só ele... 

Ele me copiou e me chama de anjinho arretado, cabra safado, querendo tirar onda com expressões populares no meu nordeste. Eu já precisei tomar umas aulas, porque ele ficou brabo quando o chamei "bagual", não sabia que era ofensivo assim. Na verdade, ele já estava bicudo porque André descobriu que a gente tava namorando e de brincadeira falou:

─ "Mazá" pia de bosta, tá te cagando de faceiro agora.

— Não entendi.

— Não? É o Matheuzinho... Coisa gostosa. Olha que só não furo teus olhos porque ele não me dá confiança, senão...

— Senão o que? Tu não é louco, te ergo na bala. Não que eu tenha ciúmes, mas MEU Matheus é menino de respeito.

André só deu uma risadinha e isso deixou o urso todo desconfiado. Sabe como é... quem tem ciúmes é foda. Pior que também fui ficando mais enciumado, quando notei o quanto porte físico do MEU urso faz sucesso com as "gurias", assim como ele chama.

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