Sexy Clichê - Parte II

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Semanas antes do primeiro abraço...

Caetano afrouxou a gravata, pois a tarde calorenta, teve além dos estresses, falta de energia. 

Comentara próximo às dezessete horas com seu secretário que ficaria algumas horas após o encerramento do expediente e que Alex poderia sair no seu horário normal, trancando a porta do escritório.

— O senhor não quer que eu fique?

— Não. Tu não tens aula? — Caetano era seco na maneira de falar e Alex achava isso um charme. Seco, não grosseiro, isso jamais. — Não, não. Vá e se um dia precisar que fique depois do horário, eu aviso uns dias antes... bem tranquilo.

— Hoje tá tranquilo. Eu não tenho prova, não tem nada...

Na cabeça do jovem havia aquela fantasia maluca e secreta de que poderia ter alguma intimidade a mais com o patrão se caso tivessem oportunidade de conversar com calma em um ambiente sem tanta pressão... 

Intimidade para o menino tímido de dezenove anos, seria falar sobre família, se o chefão tinha alguém na sua vida, se gostava de comer macarronada, quantas faculdades havia feito, se estava chateado com alguma coisa. Alex só queria escutar o que Caetano tinha pra dizer, era um romântico que direcionado de maneira correta poderia surpreender quem quisesse, mas ninguém sabia e especialmente o patrão na pequena financeira, era completamente alheio a isso.

O rapaz tinha o maior medo de levar uma bronca se ficasse, não que esperasse que algo fosse acontecer, porque não sonhava com coisas absurdas demais, mas achava que pelo menos trocariam algumas palavras além das normais de cordialidade de profissionalismo que normalmente trocavam.

Dentro da sala maior, Caetano, homem maduro de quarenta anos recém completos, refletia bem a canseira no rosto charmoso com a barba cerrada. A roupa social de caimento ótimo não disfarçavam a grossura das coxas, a bunda máscula e muito atraente, a camisa social azul clara, ainda secava a região das axilas, misto de desodorante e suor, ele cheirava. Os antebraços de pelos grossos e pretos sempre chamaram a atenção de Alex e eram o máximo do corpo do chefe que ele tinha visto até então.

— Alex! — Caetano exclama devido ao susto de encontrar o secretário sentado preenchendo as próprias planilhas com a maior calma do mundo e que toma um susto com seu chefe.

— Ai meu Deus! O senhor me assustou, Oxi, eu tava concentrado! — O jovem sente-se até mesmo envergonhado pela exaltação na frente do patrão. O mais velho dá uma risada e pede desculpas, o que surpreende ainda mais a Alex que cria coragem de olhar para o chefe que bebe água ali na sua salinha de recepção.

— Só vim tomar água, menino assustado. Tá devendo pra alguém?

— Não senhor. Sou moço correto.

— Tu é um menino de ouro. Sorte de quem te namorar.

Alex fica sem graça com o rosto quente, sua frio e tenta disfarçar ao baixar o olhar para o papel que não tem nada anotado. Caetano sequer percebe tudo isso, muito menos se atenta que saiu da sala com metade dos botões abertos a mostrar explicitamente a selva de pelos pretos em seu peitoral amplo.

Se o chefe é ou não "entendido", bom, Alex sabe que sim. Que em fotos meio antigas do Instagram do cara havia outro carinha gatíssimo ao lado dele em vários momentos, que hoje em dia namora um médico mineiro muito charmoso, logo, um mais um é dois.

— Psssiu... — Caetano abre a porta de sua sala e faz isso de maneira brincalhona para não assustar Alex. Mas o rapaz está se preparando para ir embora ou quem sabe entrar em qualquer aula em seu curso. — São sete e meia, espera mais meia hora que te levo.

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