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- Acorda! - Anne me cutucou - Já bateu o sinal - falou e saiu da sala

- Droga! - murmurei me levantando e saindo da sala

Passei a noite pensando no fato de agora eu meio que ter me tornado uma traficante e eu não consegui dormir

Meu pai não falou nada quando eu voltei pra casa, continua mesma pessoa, nem se quer me agradeceu, as vezes me pergunto se fiz a escolha certa em proteger ele

O mesmo ta cagando e andando pra mim

Sai dos meus pensamentos quando encarei Mb na porta da escola encostado na moto, assim que ele me viu fez um sinal para que eu me aproximasse

- Qual foi, sobe ai! - jogou o capacete e eu segurei rápido

Coloquei o mesmo e já ouvi os murmúrios das putinhas que me encaravam fofocando, não liguei

Logo chegamos na porta da boca, Ph soprava a fumaça rindo com dois garotos

Eu estou nervosa

- Relaxa - Mb disse sorrindo e pegando o capacete das minhas mãos

- Fala ai chupa rola! - um deles riu zoando Mb

- Que eu saiba quem adora umas chupadas aqui é tu Sorriso - ele gargalhou mostrando o dedo

- É essa ai ? - um deles me olhou

- É - Ph disse sem tanta importância, ridículo

- Bora fia, thaylla né ? - me encarou

- É! - disse tentando parecer firme

Ele sorriu mostrando o piercing

- Sorriso! - ajeitou o cabelo de um jeito muito sexy e se aproximou me puxando pra mais perto e beijando meu rosto

Ph revirou os olhos

- Se forem se comer, saíam da porta da minha boca, bora vagabundos! - ele levantou jogando o Beck longe - Trabalhar trás dinheiro, e é dele que eu gosto! - sorriu e entrou na boca

- Bora moreninha, que teu esquema é comigo - Sorriso passou o braço no meu ombro me fazendo rir, ele me arrastou pra dentro

Entramos em uma sala onde tinham duas mesas

- Essa aqui é a tua, fica de boa! - falou tirando a blusa e indo pra dele

Não pude deixar de reparar na sua barriga maravilhosa, trincadinha
Eita homem da porra

- Vaba não! - brincou e eu ri me encostando na minha mesa enquanto ele me encarava

- Então... - olhei pra ele - O que exatamente eu tenho que fazer? - perguntei

Ele sorriu

- Você sabe o que eu faço? - ele perguntou me encarando

- Você vende drogas? - falei e ele gargalhou

- Toda a parte das contas, cobranças e armamentos sou eu que cuido, tudo que entra no morro tem que passar por mim, eu tão importante quando o sub e o chefe do morro - explicou

- E eu ? - olhei pra ele

- Você vai me ajudar com todas essas coisas - falou abrindo uma gaveta - Você tem 16 ou 17? - me olhou

- quase 18 - respondi e ele riu

- 17 então - falou como se fosse óbvio - Pensa rápido! - me jogou algo e eu peguei sem ao menos notar no quão rápido foi aquilo, ele sorriu

- Uma identidade falsa? - olhei pra ele - Da onde vocês tiraram essa foto? - olhei pra ele

- Eu tenho meus truques - disse rindo - Fala ai, ta pronta pro seu primeiro dia? - perguntou

- To - respondi

- Então toma, é sua! - colocou na mesa uma arma

- Não sei atirar - falei e ele sorriu

- Eu vou te ensinar, não se preocupa com isso, agora a gente tem que ir pro asfalto cobrar uns caras, pega a arma e vem - falou se levantando

Jogou a camisa nos ombros e foi saindo da sala encarei aquela arma em cima da mesa e sorri, de alguma maneira aquilo fazia com que eu me sentisse poderosa, eu gosto do poder e da sensação que ele me trás

Peguei ela e sai da sala atrás de sorriso

Naipe de Patroa Onde histórias criam vida. Descubra agora