Naipe de Patroa

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- A gente tem que descer pra entrada do morro, tem mercadoria chegando - falei com Ph

- Você é o que? - João Henrique me encarou

- Contadora e administradora - falei um pouco orgulhosa

- Não tem medo de trabalhar com aquela pá de homem? - Cassandra olhou pra mim

- Eu tinha nos dois primeiros dias... - falei - Mas depois de conhecer eles, nem um pouco - expliquei

Bateram na porta e eu me levantei

- Deve ser a Priscila - avisei

- Que que ela quer aqui? - ph perguntou

- Pedi pra ela trazer uma roupa - me levantei

- Tá precisando mesmo, sua bunda tá toda de fora - João Henrique falou quando eu caminhei até a porta - Aí pedro, vai se fuder! - ouvi ele reclamar

Abri a porta

- Boom dia! - Mb disse num tom irônico - Priscila mandou trazer - me entregou uma sacola

- Valeu - sorri meio sem jeito

- Ph tá aí né? - falou entrando

- Na cozinha - respondi enquanto subia as escadas

Abri a sacola e me troquei rapidamente, depois fui saindo do quarto

- Bora, já tá tudo pronto lá na entrada - Ph disse lá em baixo

- Tô indo - desci as escadas rápido

- Isso pra mim é uma calcinha jeans - ele me olhou de cima a baixo

- Vamos? - revirei os olhos

- Vamos - disse fechando a cara e colocando a arma na cintura

- Não chega tarde - ouvi Fernanda ou Cassandra gritar, as vozes também são bem parecidas

- Pode deixar mãe - ele respondeu, foi Fernanda então

Ele subiu na moto e eu subi logo em seguida, Mb tava com a gente então ele subiu na sua moto e saiu arrastando logo atrás da gente

Quando chegamos tinha uma pá de gente na entrada do morro, desci da moto e entreguei o capacete pra ele indo pro lado de Sorriso que conferia as mercadorias

- Demorou porque ? - ele perguntou sem olhar pra mim

- Tive uns imprevistos - respondi

- Tá - disse e me entregou uma prancheta - Confere se os armamentos vieram em quantidade exata e depois assina aqui - apontou pro papel

- Beleza - respondi

Comecei a conferir e assim que terminei assinei entregando a prancheta pra Sorriso

- Leva pro Ph assinar - disse me entregando o papel

Li algumas coisas no papel e entreguei pra ph

- Assina aqui - entreguei uma caneta pra ele

- Tá tudo aí? - perguntou enquanto assinava

- São mais de 500 armas, de diversos tamanhos e modelos - expliquei - A munição varia entre 5.000 e 5.500! - falei

- Perfeito... - Mb disse e ph sorriu

- Armados até os dentes - ele brincou e Mb riu - Aqui - me entregou a prancheta e a caneta

Bati a mão na caneta e derrubei ela no chão

- Merda... - murmurei me abaixando pra pegar

- oo lá na minha casa em cima da minha cama... - ouvi baixo e me levantei rápido

Quando vi o cara já tava caído sentado no chão com um tiro no pé, ele gritava de dor

- A próxima vai ser no meio da testa, pra aprender a trabalhar e não ficar de conversa fiada! - Ph disse com a arma na mão

- Aa chefe, foi mal! - ele choramingou com a mão no pé que sangrava

- Leva ele daqui antes que eu estoure a cabeça ele - Ph disse com desdém

Encarei ele assustada e ele me olhou sério

- Que foi? - me olhou

- Dá licença! - falei me virando e indo até sorriso - Ele é tão escroto! - sussurrei e ele riu passando o braço em volta do meu pescoço

- Eu podia jurar que vi um ciuminho ali - falou e eu neguei

- Não viaja! - empurrei ele de leve que riu abraçando a minha cintura

- Aí Sorriso! - Ph chamou ele - Larga a thaylla e vai fazer alguma coisa na boca - Sorriso me olhou sorrindo e olhou pra ph

- Tô indo chefe - piscou pra mim e saiu rindo

Neguei e me encostei em uma sombra olhando umas mensagens no celular, tinha uma galera conferindo ainda umas drogas e eu tinha que esperar ainda

- Qual é a sua com o sorriso? - Ph tirou meu celular de minhas mãos me fazendo olhar pra ele

- Somos amigos - respondi

- Amigos não ficam se agarrando - ele disse sério

Revirei os olhos e ele se aproximou me encostando na parede

- Eu não gosto de dividir o que é meu... - falou me prensando na parede e me fazendo olhar em seus olhos

- Quem disse que eu sou sua ? - olhei pra ele

O mesmo sorriu sínico

- Eu disse! - me encarou voltando a ficar sério