Capítulo 24

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Pedro
Depois que a Ana terminou comigo na frente de todo mundo, meu pai ainda me deu uma bronca, por eu ter matado os carinhas.

Fui para a casa do Thomas, fiquei desabafando com ele, mas a Ana tava ouvindo tudo, pediu desculpas e se jogou no chão, os pontos se romperam e agora nós estamos no hospital esperando por notícias.

Thomas: Eu sabia que não era para eu ter deixado ela ir para esse baile, só deu confusão e ainda quebra os pontos da perna.

Eu: Você não pode tá se culpando por tudo que acontece com ela.

Thomas: Quando você não é o responsável por ela é fácil falar. -- falou e encontrou sua cabeça na cadeira.

Um médico veio até nós com uma cara nada boa, um frio percorreu pelo meu corpo.

Thomas: Como ela tá?

Médico: Para falar a verdade, ela não tá muito bem, quando se quebra os pontos de qualquer corte, ele tipo se abre mais, porque já tinha um corte naquele local aí ele abriu e vazou mais sangue, mas nós já fizemos a sutura, agora ela tá no quarto, vai ficar aqui hoje, para não fazer muito esforço.

Thomas: Obrigado.

Médico: Ela disse que queria ver o seu irmão, quem é?

Thomas: Eu.

Médico: Mas primeiro ela falou que queria ver o Pedro. É você? -- perguntou para mim.

Eu: Sim, mas fala para ela que eu não quero ir.

Thomas: Pedro, para com isso, ela só quer falar com você.

Eu: Thomas, tu sabe o que ela fez.

Thomas: Ela pode querer te dizer obrigado, porque você ajudou ela.

Eu: Eu não vou Thomas, não adianta você falar para eu ir.

Thomas: Vai logo, Pedro, por mim.

Eu: Tá Thomas, mas é por você. -- falei e saí atrás do médico.

***

O médico tinha me falado que é o quarto duzentos e vinte e três. Bati na porta e ouvi um "entre" bem baixo. Entrei e vi ela deitada na cama chorando baixinho.

Eu: O que você quer?

Ana: Me desculpa, por favor, o que você fez foi errado e eu tava com a cabeça em outro lugar. -- falou tentando segurar as lágrimas, só que ela não conseguia.

Eu: Te desculpar Ana? Você tá ouvindo o que tá falando? Você pediu para terminar. Você que quis terminar, a culpa não é minha se você não tá nem ai para mim.

Ana: Eu me importo com você Pedro, eu te amo. -- falou e várias lágrimas saíram de seus olhos. -- Por favor, me desculpa.

Eu: Tchau, Ana. -- falei e saí do quarto.

Ana: Espera. -- falou e eu a olhei.-- duzentos e vinte e três eu que pedi para ficar nesse quarto.

Eu: Não tô nem aí para o que você escolheu.

Ana: Duzentos e vinte e três, 2 de eu o outro 2 de te e o três de amo.

Eu: Para de mentir, se você me amasse mesmo não teria terminado.

Ana: Por favor. Me desculpa.

Eu: Tchau, Ana. -- falei e saí do quarto ouvindo ela me chamar. Saí do hospital sem nem me despedir do Thomas.

1.O Melhor Amigo do Meu Irmão Onde histórias criam vida. Descubra agora