Capítulo 7

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Faz exatamente dois dias desde que eu falei com Dylan pela ultima vez, as coisas não terminaram bem na noite da festa

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Faz exatamente dois dias desde que eu falei com Dylan pela ultima vez, as coisas não terminaram bem na noite da festa. Eu disse coisas que não devia, e o pior, senti o que não devia!

Encarei a televisão enquanto trocava de canal, sem realmente prestar atenção em nenhum. Nunca imaginei que diria isso, em tão pouco tempo, mas sentia falta dos meus pais em casa. Ficar sozinha era uma maldita merda.

Ri com o pensamento.

- Estou virando uma boca suja. – Desliguei a tv desistindo dela, já tinha passado da hora do almoço e eu ainda estava de pijama, precisava de um banho. Ouvi a campainha quando estava subindo as escadas, estranhei, tinha combinado com Alice dela dormir aqui em casa hoje, mas achei que chegaria só de noite.

A campainha tocou de novo.

- Calma Alice! – Falei no meio do riso, ela sempre apressada! Abri a porta com o sorriso no rosto, mas ele morreu assim que vi os cabelos escuros e unhas postiças.

Trícia.

Ok, ferrou!

Veio me atacar a domicílio.

- Oi. – Seu rosto não parecia feliz, mas pelo menos não tinha aquela veia assassina saltando de seus olhos, como tinha na festa.

- Hey. – Tentei não parecer tão desconfortável, mas acho que falhei. Me encostei no batente da porta, deixando claro que não a convidaria para entrar.

- Eu não ia pedir pra entrar. – Ela sorriu de lado enquanto dizia aquilo. Parece que ela entendeu minha mensagem. – Eu vim me desculpar, por ter sido uma idiota com você.

Chocada!

Ela não estava ali, com o propósito de desfigurar meu rosto com as unhas dela?

Graças a Deus!

- Eu joguei minha raiva na pessoa errada. – Olhou para o chão, parecendo embaraçada. – Ele nem mesmo ficou do meu lado.

Apenas concordei com a cabeça. O que ela esperava que eu dissesse?

- Eu passei dois anos do lado dele, esperando o dia em que ele ia querer exclusividade. E em nenhum momento ele me olhou como te olhou na festa. O que é uma merda.

- Trícia. – Mordi o lábio pensando no que falar. Ele me olhava mesmo de maneira especial? – Ele só quis defender a namorada do melhor amigo dele.

Ela me olhou incrédula e depois sorriu.

- Na verdade não sei qual feitiço você lançou naqueles meninos, mas funcionou... Olha, não é como se eu quisesse ser sua amiga, só não quero mais te odiar por coisas que não são sua culpa. Eu fui muito magoada por eles, quando me trocaram por você, mas a raiva não devia ter vindo na sua direção.

Eles? Ela queria dizer Dylan, certo?

- Obrigada. Eu acho. – Desencostei da porta e a olhei com outros olhos, menos venenosos, talvez. E percebi que ela não se vestia tão vulgar assim. Até eu, se tivesse as curvas dela ia querer mostrar.

Garota Dele - Garotas Collierville - Livro 1 [Degustação]Onde histórias criam vida. Descubra agora