Tied Up |N.H| - Sequel of "A Concert Changed My Life"

Capítulo 14

Querem um P.O.V. do Niall? Dêem-me respostas!

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Niall abre a porta de casa e eu entro, esperando impacientemente que o detetive atenda o telemóvel.

"Miss Malik?" Chama.

"Preciso de um grande favor." Digo.

"Claro."

"Preciso que me encontre a Eleanor em todas as câmaras que puder." Peço.

"Mas está tudo bem com a menina Eleanor?" Pergunta.

"Não, eu ouvi-a gritar para a largarem e pediu ajuda. Temo que tenha sido raptada." Respondo e assusto-me ao sentir o meu telemóvel vibrar. Devo ter recebido uma mensagem.

"Vou ver isso imediatamente e ligo-lhe." Garante e eu assinto.

"Obrigada." Agradeço e desligo a chamada, confirmando as minhas suspeitas ao ver uma mensagem por ler. Abro-a e percebo que é do tal número.

3-0 para mim!

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E eu vacilo, fico tonta e sinto que perco o equilíbrio. Sinto uns braços fortes agarrarem-me a cintura.

"Hei, hei, então?" Niall pergunta e eu olho-o assustada. "O que é que se passa?" Percebe o meu pânico.

"Aquele número, acabou de me mandar o 3-0." Respondo e ele engole em seco.

"Isto é coincidência a mais." Resmunga.

"Pois, também me parece. Eu acho que quem raptou as miúdas é a mesma pessoa que me manda estas mensagens." Revelo.

"Eu também acho que sim, quer dizer, é demasiada coincidência." Niall concorda e eu sento-me no sofá, enterrando a cabeça nas mãos.

Sinto o meu coração apertado. O que me deixa confusa é o 1-0, qual é o 1-0? Pior, quem será a pessoa que nos deseja tanto mal assim para nos pôr num sofrimento e angústia como este? Só me apercebo que estava a tremer quando senti as mãos de Niall agarrarem as minhas com força para que eu parasse.

"Olha para mim." Niall manda gentilmente, mas eu mantenho o meu olhar no tapete castanho da sala bege e castanha de Niall. "Por favor, querida, olha para mim." A alcunha que Niall utiliza faz-me ter vontade de lhe dizer que está expressamente proibido de me chamar o que quer que seja, mas por outro lado, sinto que a sua alcunha é como seda na minha pele, como mel na minha boca.

E, então, eu olho nos seus olhos azuis claros, e é como se fosse a primeira vez que olhei para ele, há dezasseis anos atrás. Já passou tanto tempo desde que o conheço, já passou tanto tempo desde que a minha vida mudou drasticamente. Há dezasseis anos, eu não fazia ideia que era irmã do Zayn e que me iria apaixonar pelo Niall. E que esse amor ia ser correspondido. 

Se bem que agora tenho dúvidas dos sentimentos dele por mim.

"Eu não vou deixar que te vás abaixo desta maneira, tu és a mulher mais forte que alguma vez conheci e é em ti que eu encontro a minha força. Por isso, não quebres agora, por favor." As suas palavras deslizam-lhe da boca espontaneamente e aquecem-me como se estivesse junto à lareira.

"Eu quero as minhas filhas, Niall!" Exclamo, as lágrimas apoderavam-se do meu rosto.

"Nós vamos recuperá-las, eu prometo." Niall assegura e puxa-me para si, envolvendo o meu corpo com os seus braços. Abraço o seu tronco e inalo o seu cheiro familiar, derretendo-me como manteiga numa torrada acabada de fazer.

O meu peito dói com a ideia de as minhas filhas terem sido raptadas por minha causa. O meu telemóvel toca e eu sou rápida a desenlaçar-me de Niall para agarrar o aparelho barulhento e atender a chamada do Detetive.

"Estou?" Chamo.

"Miss Malik, tenho novidades da menina Eleanor." Diz e sinto o meu ritmo cardíaco acelerar.

"Por favor." Peço.

"Vi-a através da câmera de vigilância de uma loja de doces perto do colégio a ser arrastada para dentro de uma carrinha preta."  O meu coração aperta ao ouvir as suas palavras.

"Conseguiu ver a matrícula?" Pergunto esperançosa.

"Consegui uma imagem muito desfocada porque a carrinha avançou muito rapidamente, mas estou a tentar melhorar a imagem." Responde e eu olho para Niall.

"Assim que conseguir alguma coisa, por favor, diga-me." Peço.

"Claro, Miss Malik." Responde e eu desligo a chamada, olhando para Niall.

"Ele conseguiu aceder a vídeos de câmeras de vigilância." Digo e Niall assente, engolindo em seco.

"E então?" Pergunta.

"A Eleanor foi levada." Respondo e ele soluça, tapando os olhos com uma das mãos.

"Eu tinha esperança que não fosse verdade." Diz e tenho vontade de o abraçar, mas ao mesmo tempo, não gosto desta espécie de confiança e intimidade que estamos a ter. Por isso, apenas encosto a testa no seu ombro, apertando a sua mão que permanece a esfregar o joelho.

"O detetive vai melhorar a imagem da matrícula. Nós vamos conseguir alguma coisa, Niall." Digo e ele suspira pesadamente.

"Eu recuso-me a perdê-las." Diz e eu aperto mais a sua mão numa tentativa de o confortar.

"Eu não vou deixar que quem quer que esteja a fazer isto consiga o que quer." Digo determinada.

Eu não entendo quem seria a pessoa que iria raptar as minhas filhas assim, sem mais nem menos, sem sequer ligar para pedir um resgate. A Charlotte desapareceu há vinte e quatro horas e ainda não ligaram a pedir nada. Apenas recebi estas estúpidas mensagens que, a cada segundo que passa, mais me parecem ser da mesma pessoa que tem as minhas meninas.

"Vou ligar ao pessoal." Niall anuncia e eu assinto, vendo-o levantar-se e deixar-me na sala, entrando para a cozinha. Suspiro e encosto-me ao sofá, pensando em Edwin. Estará ele bem com o Dylan? Como é que lhe vou contar que a Eleanor também foi raptada? Como é que ele irá reagir? Não estou disposta a ver o meu filho a sofrer novamente, é algo que não suporto, mas também não lho posso esconder, seria impensável fazer algo assim.

O meu telemóvel toca e eu agarro nele num ápice, vendo o nome do Dylan no ecrã. Atendo.

"Estou?" Chamo.

"Onde estás?" Pergunta, o seu tom é preocupado.

"Em casa do Niall." Respondo, apercebendo-me que tais palavras soam muito mal.

"O quê?!" Guincha e rapidamente pigarreia. "Quer dizer, aconteceu alguma coisa?" Pergunta num tom calmo.

Opto por ignorar a sua reação.

"A Eleanor desapareceu." Respondo, sentindo os olhos a arder devido às lágrimas que se formam nos mesmos.

Olá!! Espero que estejam a gostar da história! Eu sei que isto não está muito centrado na Rita e no Niall, mas tenham paciência, meus amores, está para breve.

Beijinhos

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