Centro de Meteorologia
Sul de Galens Ferry
Se houvesse alguém andando nas ruas de Galens Ferry naquele momento, a pessoa podia pensar que seria apenas uma chuva passageira de verão, e não que poderia ser a última coisa que a cidade veria e que seus habitantes nunca retirariam as imagens de suas cabeças
Maya retira o telefone de sua orelha ouvindo o zunido que indicava que o telefone não funcionava mais, sua expressão era de extrema raiva com seus cabelos castanhos claros que iam até a metade das costas, tremendo, ela solta o telefone fazendo-o ir para baixo e depois para cima de novo por causa das molas e Maya vai em direção a cadeira se sentando e apoiando sua cabeça olhando fixamente para o teto, ouvindo o balançar das arvores graças ao vento e o barulho dos relâmpagos que assolavam a cidade.
Maya olha novamente para um monitor, olhando a imensa nuvem que pairava sob a cidade, e ela não podia fazer nada, nem mesmo ligar as sirenes da cidade que normalmente causava pânico nos cidadãos, quando ela fecha seus olhos para pensar em uma solução ouve um barulho vindo da pequena lâmpada no teto da sala, quando Maya abre os olhos e olha para a lâmpada ela vê na verdade a escuridão. Os monitores estavam desligados, Maya se levanta da cadeira em um pulo e caminha em direção a porta, ela abre a mesma e se depara com a estrada, ela estava suja de latinhas de refrigerante que andavam para lá e para cá, o momento era no mínimo assustador.
A estrada composta por um asfalto gasto cheio de buracos e o mesmo acontecia com as calçadas, os belos postes erguidos pela estrada que com certeza era o maior gasto que a prefeitura havia feito em anos, se apagavam um por um. A energia elétrica da cidade acaba. Maya anda em direção a calçada e observa o céu, aquela nuvem negra, gigante, que quase fazia a cidade entrar em completa escuridão: Solta uma pequena gota, que sai da ponta mais alta do céu e cruza todo o caminho até a testa de Maya, a primeira gota de chuva havia caído, a mulher passa o dedo indicador sob a gota, e observa as demais gotas chegando na superfície de Galens Ferry.
- Que deus nos dê sorte... - Maya diz para si mesma andando em direção ao centro de meteorologia novamente, com passos calmos. - Porque nós vamos precisar.
Mercado da Família Lewis
Centro comercial de Galens Ferry
O pai fechou todas as cortinas da casa, janelas e portas. A chave ele colocou em um pequeno cofre em baixo do balcão de compras onde possuíam alguns chaveiros, adesivos, doces, coisas que induziam o cliente a levar mais algo do pequeno mercado. A caixa registradora velha ficava com a maior parte do dinheiro da família e ficava posicionada em cima do balcão. Adam segurava James no colo como irmão urso, o vento ficava mais intenso lá fora e Andrea sentada no balcão contando o dinheiro que a família havia faturado no dia. Quando o pai se dirigia para o banheiro e trocar de roupa, eles ouvem o sino da porta tocar.
- Olá! Tem alguém aí? - Disse o homem ao lado de fora, acompanhado de outro homem que aparentava ser seu irmão.
O pai analisava o momento como Sherlock Holmes em um de seus casos mais difíceis, aceitar os estranhos ou negar ajuda? Andrea se põe a recolocar o dinheiro dentro da máquina registradora, o pai anda em direção a Adam e diz algo em seu ouvido, o garoto assente com a cabeça e sai em direção aos fundos, deixando James com Andrea.
- Oi? Tem alguém aí? Precisamos de ajuda! - Disse o homem impaciente, mas gentil ao mesmo tempo que chegava a ser sádico.
O pai se aproxima da porta da frente do mercado, abrindo a cortina, fazendo com que os indivíduos vissem apenas seu rosto, ele mantém um sorriso convidativo aos rapazes.
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A Tempestade
Science FictionOs radares do centro de meteorologia de Galens Ferry não detectaram a enorme nuvem chegar na cidade e agora todos correm perigo. A única opção restante para a pequena população que reside na pequena cidadezinha é lutar contra a tempestade, e se fore...