1 dia antes da tempestade
Prefeitura
Centro comercial de Galens Ferry
Piper desempacotava algumas caixas que haviam seus pertences na sua nova mesa, a mesa da prefeita, ela fazia com um grande sorriso, mais tarde naquela tarde ela daria sua primeira coletiva com a cidade, e estava bem animada.
A sala havia 2 janelas, uma em cada ponta. Havia também um tapete vermelho embaixo da grande mesa de madeira, onde Piper estava deixando um relógio que antes fora de sua amada Avó. Um gigante quadro fica pendurado na parede, era um quadro totalmente preto, havia apenas alguns riscos azuis claros era uma chuva caindo solenemente no asfalto.
— Srta. Piper? — Apareceu na porta Lilian, a secretária de Piper, ela tinha fortes olheiras em seu rosto e não parecia muito feliz. — Jerry chegou para a entrevista, posso manda-la entrar?
— Droga, eu havia me esquecido. — Disse Piper rapidamente colocando uma das caixas em baixo da mesa, tentando a esconder, e arrumou seu cabelo tentando passar um ar gentil. — Deixe-a entrar.
Lilian fechou a porta e saiu andando, alguns breves segundos depois, Jerry Holt a famosa jornalista da cidade aparecia entre a porta, estava com seu cabelo desarumado mas apresentava uma expressão decidida no rosto.
— Boa tarde Prefeita. — Ela parecia não gostar de chamar Piper assim. — Como vai a senhora?
— Muito bem, Jerry. — As duas apenas fizeram um pequeno aperto de mãos e se sentaram, uma em frente da outra.
Jerry puxou um microfone do bolso e colocou em cima da mesa, puxou um caderno e uma caneta de sua mochila e os apoiou em cima da mesa.
— Vou filmar essa entrevista para que eu possa ouvir com mais cuidado antes de fazer minha matéria para o jornal de amanhã. —Mal sabia ela que o jornal nunca seria vendido. — Como você se sente sabendo que mesmo com as pesquisas dizendo que sua chance de vitória era extremamente pequena, você ainda sim conseguiu vencer?
— Hum... Eu... Fico feliz que as pessoas perceberam que eu seria uma ótima prefeita e acabaram mudando de ideia sobre quem votar. — Piper não esperava uma pergunta tão rápida assim, mas conseguiu desviar bem. Lilian anotava algo no bloco de notas.
— Eu moro em Galens Ferry desde os meus 10 anos de idade, Piper. — Jerry afastou um pouco os óculos e olhou direto para os olhos dela. — Eu conheço a grande maioria aqui, e eu sei quando alguém está mentindo, mas é um fato que você não vai dizer de onde surgiu tantos votos.
— Está dizendo que a eleição foi uma fraude? — Subiu um pouco seu tom de voz, mas sem perder a educação.
— Isso é você quem está dizendo Piper. De qualquer forma, por qual motivo você escolheu Greg para ser seu vice? — Greg era um rapaz que trabalha já a alguns anos na prefeitura, apesar de que ele nunca participou de nada relevante, se candidatou duas vezes, e não venceu nenhuma, mas teve a chance de ser vice de Piper.
— Eu o escolhi para ser meu vice devido a sua forte competência na região devido a seus anos de experiencia, e ainda ser um ótimo conselheiro. — Piper deu seu famoso sorriso no final.
— Engraçado que em muitos anos na prefeitura ele não fez nada de relevante. Você pode citar algo que fez?
— Foi ele quem iniciou o projeto na nossa cidade que fechou a floresta para sua reflorestação a alguns anos atrás, mantendo nossa cidade mais conservada.
Jerry admitiu a si mesma que não sabia daquilo, na época achou que era algo entediante e nem procurou pesquisar sobre o projeto.
— Meu tempo está acabando, o que podemos esperar do seu mandato?
— Todos podem esperar melhorias no nosso sistema médico e educacional, construirei uma faculdade na região e...
Seu discurso foi bruscamente interrompido por Lilian que abriu a porta, mirando seus olharem a prefeita.
— Ele chegou.
Jerry olhou para Lilian satisfeita enquanto se levantava, junto com ela Piper. As duas fizeram um breve cumprimento.
— Aguardo o artigo amanhã. — Ela deu outro sorriso e Jerry ignorou enquanto saia pela porta.
Piper sentou na cadeira extremamente cansada, a experiencia de se ter uma entrevista coim Jerry não era nada legal. Lilian saiu para deixar que o homem entrasse.
Era um homem alto. Forte, vestia um terno terno preto que o dava um ar importante, ele fez um aceno a Piper enquanto fechava a porta.
— Olá... — Ela não parecia feliz, a presença do homem parecia lhe dar dor de barriga. — Sente-se.
— A senhora sabe que serei breve, como nas outras vezes. — Ele se aproximou, parecendo um gigante perto de Piper. — Está tudo certo para amanhã certo? Não quero ter nenhum imprevisto.
— Está tudo certo, dei folga aos funcionários da meteorologia, menos aquela novata, Maya. Não há nenhum policial na delegacia e sem médicos nos hospitais.
— Espero que nada dê errado, eu lhe ajudei tanto em sua candidatura. É o mínimo que pode me fazer. — Ele deu um sorriso carismático, que era sua especialidade. — Nos vemos daqui a uma semana, quando isso tudo deve acabar.
— Apenas tome cuidado com Jerry Holt, ela pode ser um problema.
— Acredite, ela é apenas uma jornalista xereta, não é uma ameaça ao plano.
Ele não esperou a resposta da prefeita e se dirigiu a saida com passos fortes, balançando seus cabelos. Piper achava que tudo havia acabado, mas para sua surpresa, Jerry Holt entrou na sala.
— Licença Prefeita, mas acredito que eu esqueci meu gravador aqui. — Ela se dirigiu até a mesa e o pegou, saindo do gabinete. Piper ficou chocada, toda sua conversa havia sido gravado, e o plano poderia ir por água abaixo. Mas decidiu deixar Jerry ir, o homem cuidaria dela depois.
Jerry atravessava a prefeitura em direção da saída quando foi abordada por Lilian, ela segurava uma pasta e parecia com pressa.
— Senhorita Holt, por favor não questione. — Ela se enrolava com as palavras. — Mas peço que leve essa pasta e estude os papéis que estão dentro dela, não publique, é extremamente secreto. Apenas eu e eles sabemos do que se trata.
— Eles quem, Lilian? — Jerry escutava atentamente todas as palavras ditas pela garota.
— Por isso preciso de sua ajuda, eu não sei quem são eles.
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A Tempestade
Science FictionOs radares do centro de meteorologia de Galens Ferry não detectaram a enorme nuvem chegar na cidade e agora todos correm perigo. A única opção restante para a pequena população que reside na pequena cidadezinha é lutar contra a tempestade, e se fore...