Capítulo 4

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Lexa estava no supermercado quando uma mensagem de Clarke chegou em seu celular, que sempre se preocupava em perguntar como estava o braço da morena ou se ela estava precisando de algo. Faziam dois dias desde o episódio da cafeteria e elas não tinham se visto mais, porém trocaram algumas mensagens. Lexa andava pelos corredores a procura de uma lata de leite condensado que era um dos últimos itens de sua lista de compras, e por estar com dificuldade para controlar o carrinho com apenas uma mão, por pouco ela não deixou um rastro de produtos pelo chão. Já no caixa Lexa pagou a conta mas na hora de carregar as sacolas, se esqueceu de que além de só poder levá-las em apenas uma das mãos, ela estava a pé. Normalmente aquele tanto de mercadorias não seria um problema já que ela ia até o supermercado de bicicleta e sem aquele novo acessório, a tipoia, em volta do braço. Mentalmente a morena xingou ela mesma por ter comprado tanta coisa mas agora nada podia fazer sendo que já havia pago. Um funcionário até se ofereceu para ajudá-la a carregar as compras até o carro porém ela disse que tinha vindo caminhando.
Sua casa ficava a mais ou menos uns cinco quarteirões e por isso achou que não seria assim tão difícil chegar. Mas Lexa se enganou pois ela não se lembrava deles serem tão grandes já que de bicicleta fazia o percurso bem rápido, que agora parecia não ter fim. A cada dez metros ela tinha que parar sua caminhada e apoiar as sacolas no chão para descansar os dedos que estavam sendo esmagados por tantas alças. Ela não tinha andado nem duas quadras quando escutou uma voz conhecida.

...Sim, eu estou saindo daqui agora e já está tudo certo - a loira disse ao telefone.

Lexa viu Clarke sair de uma loja de aluguel de pratarias com o celular grudado à orelha, como de costume já que ela resolvia a maioria de suas pendências de trabalho daquela forma. A morena sorriu com a visão e por pouco não foi pega em flagrante pela loira.

Lexa? - Clarke desligou o telefone e semicerrou os olhos não acreditando que era mesmo a morena.

Oi Clarke - Lexa sorriu com ternura - que coincidência a gente se encontrar.

Pois é, te mandei mensagem mais cedo e agora a gente se esbarra - Clarke fez um som nasal de quem não acreditava - o que está fazendo por aqui?

Eu estava no supermercado - Lexa levanta um pouco as sacolas e só assim Clarke notou elas - e você?

Eu estava resolvendo umas coisas nessa loja para um evento amanhã - elas ficaram caladas por um segundo mas Clarke continuou - você quer ajuda com as compras?

Não, muito obrigada. Minha casa está perto - ela tentou disfarçar pois não queria incomodar a outra.

Da para ver que estão bem pesadas já que seus dedos estão um pouco roxos - Clarke gargalhou - não tem problema nenhum para mim, eu te levo em casa.

É sério, não precisa se incomodar - Lexa mexeu um pouco os dedos para que a circulação voltasse a fluir.

Não vou te deixar aqui com esse tanto de sacolas e um braço machucado sendo que eu estou de carro e posso te levar - a loira fez uma cara de repreensão.

Mas e o seu trabalho?

Não tenho nada urgente por agora.

Clarke sorriu, pegou as sacolas da mão da Lexa, desativou o alarme do carro e as colocou no banco de trás. Lexa ficou observando e só quando a loira abriu a porta do motorista e a chamou, que ela descongelou. No caminho elas conversaram rapidamente pois demoraram apenas cinco minutos até chegarem na porta do prédio de Lexa, onde Clarke estacionou bem em frente e subiu para ajudar a morena a carregar as mercadorias. Lexa parou para destrancar a porta, mas logo deu passagem para a loira.

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