Capítulo 1

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Capítulo 1 - Ano de 1805

O Rei Henrique Dimir Oleander Tussaud olhava com orgulho para seu filho mais velho. O Príncipe Alexander Henri havia completado vinte e dois anos algumas semanas atrás e, apesar de novo, Rei Henrique sabia que ele estava pronto para governar seu reino com mãos de ferro. 

Sempre fora assim. Seus antepacidos ensinaram a sua geração que, não importa o que aconteça, sua dinastia e seu reino viriam sempre em primeiro lugar. Seu avô passou isso para seu pai, que passou para ele e agora ele passava para o seu filho. Sabia muito bem que, caso alguma fatalidade viesse lhe ocorrer, Alexander o substituíria com toda a sagacidade que havia no sangue nobre de sua família. 

- É de suma importância, Alexander, que preste bastante atenção em cada canto de Vernay. Sabes que esse é o principal reino que adora competir com o nosso, mas somos superiores à eles em praticamente tudo, a começar por nossa família. 

Alexander olhou a seu pai pelo espelho. O rei estava sentado em uma poltrona alta, enquanto o filho era vestido por um serviçal. 

- Sei disso, meu pai. Como também sei que chegar de surpresa a esse país irá desestabilizar completamente aquele reinado digno de pena. - ele riu. - Aquele rei Nicholas é um fraco perante a nós, meu pai. Tenho certeza que logo estará devendo até suas próprias calças para o nosso reino. - ele olhou para o pai, com seu melhor olhar perverso. - Eu faço questão de que isso aconteça. 

Pai e filho riram, sabendo que isso estava prestes a acontecer.

Quando receberam a carta do Rei de Vernay, Nicholas Léon Blanchard Bellemare, que pedia um empréstimo em dinheiro para seu reino, Rei Henrique soube imediatamente que poderia tirar um bom proveito disso. Enquanto Vernay era um reino rico em agricultura e conhecido por suas famosas armas de fogo e espadas, Modrieva era conhecida por ser a capital dos negociadores. 

Algo que faziam questão de levar adiante, era que sempre, em qualquer situação, Modrieva tinha de sair ganhando. Dessa vez não seria diferente. 

Não responderam a carta do Rei Nicholas, ao invés disso, pensaram que seria muito mais descente chegar de surpresa e vê de perto a real necessidade do reino vizinho. Queria estudar a área, saber o que poderia tirar de proveito de tudo aquilo. Não eram bobos e jamais emprestariam dinheiro por simplesmente serem bons. Algo teria de voltar para eles, e rápido. 

Uma comitiva completa saiu com o Príncipe Alexander Henri. Chegaram ao reino vizinho em um dia e meio depois de deixarem Modrieva. Alexander fez questão de olhar bem tudo ao redor, o que mais percebia nas ruas eram pessoas de classe baixa, operários que logo cedo já andavam com seus cestos de legumes e verduras, deixando claro a atividade agrícola na região. 

Aquilo o fez rir. Um reino praticamente tomados pelos operários e pessoas de nível inferior. Agora entendia-se o por que de terem pedido empréstimo ao seu reino; que nobre gostaria de investir em um lugar como aquele?

A cada momento ele perguntava a um de seus conselheiros, que conhecia muito bem cada canto daquela região, o que estava acontecendo ou se aquilo que via era uma constante naquele país. Rindo, seu conselheiro lhe disse que sim, mas que logo depois que a manhã passasse, os nobres começariam a desfilar pelas calçadas. 

Sua comitiva não passou despercebida, o brasão que carregava em sua luxuosa carruagem fez com que todos prestassem mais atenção em sua visita. Hospedaram-se em uma mansão de seu conselheiro e depois de um breve descanso, um dos mensageiros do Rei Nicholas foi oferecer hospedagem em seu castelo. Alexander mandou um de seus conselheiros negar o a estadia, alegando que não demoraria mais do que o suficiente naquele país. 

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