Capítulo 16

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O dia amanheceu nublado, deixando bem claro que uma tempestade muito forte havia passado por ali. Henri acordou e se levantou, dando um beijo na testa e na barriga da esposa antes de ir se arrumar. Uma hora depois voltou ao quarto e chamou a esposa, fazendo-a acordar para que tomassem o café da manhã juntos. Quando desceram, encontraram Virginie sentada em um dos sofás da grande sala de estar, folheando um livro.

Ao vê o irmão e a cunhada ela sorriu alegremente e se aproximou, abraçando-os. Estava muito feliz porque seria tia e todos os dias conversava com o bebê na barriga, que ainda não tinha se mexido. Genevieve estava com cinco meses de gestação e as velhas senhoras que trabalhavam no castelo falavam que logo, logo o bebê começaria a mexer e não pararia mais até a hora de nascer. Todos na casa estavam excitados para que isso acontecesse logo. Sentaram-se a mesa e começaram uma conversa agradável enquanto comiam. Agora que a fase dos enjoos haviam passado um pouco, Genevieve conseguia comer um pouco melhor, o que deixava seu marido satisfeito. Henri não gostava nada de quando ela não comia, e a olhava rigorosamente, principalmente em suas refeições. Ainda estavam conversando quando Paolo apareceu na sala de jantar. Ele limpou a garganta e os três olharam pra ele, que tinha uma expressão nula no rosto, como sempre.

Henri olhou pra ele e disse:

- Bom dia Paolo, aconteceu alguma coisa?

- Bom dia a todos. - ele disse, olhando para a princesa e a rainha. - Aconteceu, Henri. Acabo de receber a notícia pelos soldados de que a chuva de ontem destruiu boa parte do Vilarejo... Há muitos desabrigados, entre eles crianças, idosos e mulheres grávidas.

- Oh meu Deus! - Genevieve murmurou, colocando a mão na frente da boca.

- Santo Cristo! - Virginie sussurrou pondo a mão sobre o peito.

- Minha nossa! - Henri murmurou - Você sabe se há muito feridos?

- Não sabemos em quantidade, mas parece que há poucos... Há mais muitas pessoas desabrigadas. - Paolo disse, com pesar. - Por sorte alguns conseguiram sair antes que a água entrasse em suas casas.

- Céus, isso é terrível! - Genevieve murmurou, voltando seu olhar para o marido. - Henri, nós precisamos fazer alguma coisa, não podemos deixá-los desse jeito.

- Vou mandar os soldados para ajuda-los, minha rainha. Não se preocupe. - Henri disse a ela e se virou para o conselheiro - Paolo mande as tropas para o vilarejo e vejam do que precisam. Deixe apenas a segurança do castelo.

- Não, Henri, estou dizendo que nós temos de ir lá, não apenas os soldados. Temos que vê de verdade do que eles precisam, e poderíamos arrecadar roupas, e levar comida. - ela diz, preocupada.

- Isso mesmo meu irmão, não podemos ficar parados aqui. Eu sinceramente não consigo me alimentar sabendo que a crianças e famílias sem nada. - Virginie disse com a mesma preocupação da cunhada.

- Virginie, não coloque lenha, por favor! - Ele pediu. - Paolo, faça o que mandei.

- Mas Henri pense se fosse conosco! - Virginie insiste - E se fosse Genevieve e o bebê, eu e você... Pense meu irmão, por Deus!

O rei não gostava nem um pouco de voltar atrás em suas decisões e se mantém impassível diante dos fatos.

- Henri, estamos falando do seu povo, do nosso povo, que carrega esse reino nas costas, muito mais do que todos nós que somos ricos! Eles precisam de ajuda e se você, que é o rei, não pode ajudar, Virginie e eu certamente podemos e é isso que vamos fazer, com ou sem a sua ajuda! Entendeu? - Genevieve diz, levantando-se da mesa.

- Genevieve, sente-se e termine seu café da manhã, por favor. - ele diz sério - Eu acabei de enviar ajudar por Paolo. Você viu!

- Sim, eu vi, mas isso não é o suficiente, Henri!

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