Capítulo 5

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Dois meses depois da revelação, a notícia do casamento se espalhou aos quatro ventos. Henri pediu ajuda da irmã para preparar uma grande cerimônia. Os convites foram escritos com fontes líricas em itálico com tinta de ouro no nome dos noivos. A decoração era divina. Azul escuro com dourado e flores de várias espécies ornam todo o salão principal.

Genevieve se hospedeu no castelo de Henri dois dias antes do casamento para acompanhar de perto os preparativos. Este não poderia ser menos que mais um pedido do rei. Embora estivesse no mesmo território, a princesa não trocou um palavra se quer com Henri e sua irmã. Falava apenas com os empregados e se dirigia a eles sempre que precisava de alguma coisa.

Virginie tentou diálogo durante o jantar um dia antes de casamento, mas não surtiu efeito. Com olhares Henri pediu que a irmã deixasse a moça  como estava.

No dia do casamento Genevieve estava com o coração aos pedaços. Sua liberdade tinha sido vendida sem ao menos ter sido consultada. Entristecida ela olha o vestido de noiva com vontade de deixa-lo aos trapos. Odiava estar se casando. Odiava aquele lugar. Odiava aquela família, sobretudo Henri, seu futuro marido. Nina, uma das empregada mais experientes depois de Carlota entrou no quarto da moça. Vendo que estava triste, puxou conversa. Genevieve não disse o real motivo de sua tristeza, falou apenas que sentia saudades de casa. A empregada compadecida, deu palavras de conforto a princesa fazendo com que conseguisse arrancar um pequeno sorriso de seus lábios.

Genevieve agradece a força e pede um abraço da empregada, surpresa com o gesto da nobre donzela, sorriu abrindo os braços para acolhe-la com carinho.

No quarto de Virginie, Carlota vestia sua senhora com alegria. Um vestido de cor ia pertencer aquele corpo pelo menos por um dia. Como Virginie não era muito de seguir regras, decidiu ir com os cabelos soltos permitindo que as longas e generosas ondas negras lhe caíssem sobre os ombros. Sem confidenciar a ninguém a jovem esperava poder conversar novamente com o irmão da noiva. Sim, ela sentia falta dele desde a coroação. Há meses não se viam e desde então a princesa pensava na possibilidade de se aproximar mais dele.

Na torre mais alta estava o noivo. Henri também se vesti apara a cerimônia. Seu olhar diante do espelho é mais ansioso do que no dia que recebeu a coroa. Enfim, Genevieve seria dele... Todinha dele. A ideia lhe faz sorrir. Poucos até hoje conseguiram arrancar um sorriso espontâneo do jovem rei. Sempre fora fechado ao mundo. Seu pai o ensinou a ser assim. Chamando o conselheiro pediu que trouxesse informações de sua noiva. Se estava precisando de alguma coisa. Paolo saiu dali com o recado seguindo direto aos aposentos da noiva.

Batendo na porta pediu entrada. Após ser autorizado transmitiu o recado do rei. Genevieve revirou os olhos e com as mãos na cintura disse que "Não precisava de nada. Muito menos dele e seus recados ridículos fingindo preocupação. Que o rei fizesse apenas o seu papel e pronto".

Assombrado com a resposta da jovem Paolo assentiu voltando ao quarto do rei com a resposta. Ao vê-lo Henri perguntou com ansiedade o que ela havia dito. Sem graça, o homem transmitiu o recado da princesa. Surpreendendo ainda mais o conselheiro, o rei caiu na gargalhada e voltou a se preparar para o casamento. Confuso, Paolo coçou a cabeça tentando entender aqueles dois.

Enfim era a hora tão esperada. A Igreja Católica de Modrieva estava tomada por convidados nobres e os de classe inferior estavam do lado de fora, loucos para verem como a noiva estaria. A família de Genevieve foram os primeiros a entrar. A rainha Elizabeth entrou com seu filho, Richard Léon. Logo depois de se acomodarem ao altar, o rei Alexander Henri entrou acompanhado por sua irmã, Virginie.

Meia hora depois a carruagem real parou em frente a Igreja, que estava com suas portas fechadas. Genevieve sorriu de leve para uma pequena menina de vestes simples que a olhava encantada e acenava para ela. Quando viu que a princesa e futura rainha acenou para si, a pequena menina saiu correndo, dizendo a todos que a princesa havia falado consigo. Ao ver o sorriso da filha, Nicholas pressumiu que ela já havia se acostumado a ideia de se casar com Henri. Se aproximou dela e deu braço para ela segurar.

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