Vida nova

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Kelly superou a morte de sua tia mais rápido do que eu imaginei que fosse superar. 3 dias depois ela já estava ótima. Sorridente como sempre.

Provavelmente a adoção ajudou ela a melhorar, com certeza se ela fosse adotada por outra família qualquer ela iria ficar mal, mas como era a família Watson, ela amou a nova vida.

Meus pais ofereceram um quarto só pra ela, nossa casa era enorme, mas pra falar a verdade, eu detestava isso. Tinha medo de levantar de madrugada, pra chegar na cozinha eu tinha que descer as escadas, e eu era preguiçosa de noite.

Kelly podia escolher um quarto pra ela decorar, do jeito dela, mas ela não quis. Ela preferiu dividir um quarto comigo.

Só não reclamei, porque sempre achei meu quarto grande demais pra uma pessoa só, e a Kelly ia me fazer companhia. Então começamos a dividir o mesmo quarto.

Ninguém sabia que eu gostava do Dylan, mas a Kelly sabia que eu tinha ficado com ele. Afinal, eu pensei que pudesse contar tudo pra ela.

Dylan me ligou e perguntou como eu e Kelly estávamos. Ele sabia sobre a morte de Wanessa, e decidiu dar um tempo pra gente e só ligou dias depois do enterro.

- Oi princesa, como vocês estão? - Dylan.

- Oi Dylan, estamos bem!

- Que bom, eu tava pensando em passar aí mais tarde. Eu posso? - ele perguntou meio sem jeito.

- Pode sim, vou esperar. - eu disse ansiosa.

- Okay, beijo!

- Beijo!

- Aaa o Dylan vai vir aqui!! - eu disse toda animada pra Kelly, após desligar o telefone.

- Ah vai? Que legal, vou ficar de vela. - Kelly disse com cara de tédio.

- Hahaha, nada ver. - levantei e fui me arrumar.

Depois de 20 minutos Dylan chegou.

Meus pais estavam começando a se acostumar com a minha amizade com Dylan, mas eles nem sonhavam que nós já tinhamos ficado.

- Olá senhor e senhora Watson.

- Pra que essa formalidade rapaz? - minha mãe disse.

- Ãn, não sei? - ele corou de vergonha.

- Bom, me chame de Vick e meu marido de Sandro.

- Tudo bem então, Vick!

- Estela está lá em cima com a Kelly, no quarto delas. Quer que eu a chame?

- Bom, eu posso subir?

- Claro, sobe lá.

- Obrigado! - Dylan agradeceu, subindo as escadas.

Toc toc. - ouvi as batidas na porta, lá do banheiro.

- Quem é? - Kelly perguntou.

- É o Dylan, posso entrar?

- Pode sim - respondi antes de Kelly.

- Dylan entrou e me comprimentou com um selinho.

- Ah, fala sério. - Kelly parecia estar com ciúmes, mas pensei que ela só estava brava por ter que ficar de vela.

Dylan conversou com a gente, e até jantou em casa, estava tudo indo perfeitamente bem, mas notei um certo brilho no olho de Kelly ao olhar pra Dylan.

Ele foi embora, pois já era tarde e o pai dele não era paciente como vocês já sabem.

- Vocês formam um casal bonito. - Ouvi minha mãe dizer.

E Se Eu Não Fosse?...Onde histórias criam vida. Descubra agora