Ataque

13 1 2
                                    

Chegamos em casa e nos deparamos com uma cena inédita. Dylan Browce estava de mudança, ele estava se mudando para uma casa nova, uma casa do lado da minha. Pulei de felicidade e surpresa, sai correndo e abraçei Dylan. Ele me abraçou obviamente, mas estava meio abalado. Então percebi que seus olhos estavam inchados. Fiquei intrigada.

- O que houve Dylan? - perguntei.

- Meu pai Estela! - ele disse triste.

- Mas o que tem ele? - estranhei.

- Ele morreu! - ele disse chorando.

- Meu Deus, como assim? É o mês de mortes e eu não tô sabendo?

- Para Estela, é sério! Tô muito mal, eu tinha discutido com ele, e não tive tempo de me desculpar.

- Nossa Dylan, eu sinto muito! - o abraçei.

- Ele estava bêbado, quando saiu de casa, foi até uma ponte e se jogou na avenida. Ele saiu gritando que precisava pagar pelo que havia feito com a minha mãe e com a minha irmã. Na hora eu não pensei no que ele seria capaz. Eu estava muito nervoso e jamais pensei que ele ia tirar sua própria vida.

Sempre fui chorona, e nesse momento, chorei ao ouvir tudo aquilo.

Eu estava triste pela morte de Osmar (pai do Dylan), mas estava muito mais preocupada com o próprio Dylan. Depois do passado que ele havia tido, seria muito mais complicado agora. Ele começou a morar com uma tia, irmã da falecida mãe, que era a única família que havia restado.

Ele ficou muito abalado psicologicamente, porque ele sabia que não tinham matado o pai dele, mas sim que ele havia se suicidado. O que era mais complicado ainda de compreender.

O que deixou Dylan mal, foi a culpa que ele começou a carregar, por ter brigado com Osmar e logo depois ter recebido a notícia. Consequentemente ele pensou que a culpa da morte de seu pai, era dele, apesar de não ter sido.

1 SEMANA DEPOIS

Dylan estava começando a se acostumar com a vida nova, sua tia não tinha nenhum filho, e passou a tratar Dylan como um.

Ela era boa de vida, financeiramente falando. Eles moravam em uma casa linda, ao lado da minha, e por sorte, meus pais eram amigos da tia de Dylan. O que colaborava para nos vermos com mais frequência.

Tudo parecia estar se ajeitando, eu estava feliz por ter Dylan mais próximo de mim, e as suas visitas haviam se tornado rotina. Ele não tinha me pedido em namoro, e eu pouco me importava com isso, ter ele como melhor amigo, meu vizinho e meu ficante já era maravilhoso.

Íamos pra escola juntos, Dylan, Kelly e eu, e a proprósito, você meu caro leitor, deve ter ficado intrigado sobre a visão com Kelly em relação a Dylan né? Bom, conversei seriamente com ela, procurando uma resposta pra toda confusão que estava me matando de raiva e dúvidas.

Cheguei a conclusão de que aquela visão infeliz, era falsa, e Kelly estava sim com ciúmes, muito ciúmes para falar a verdade. Mas não era aquele ciúme escroto que eu havia visto, ela não estava interessada no Dylan, mas ela estava com ciúmes da mais nova irmã dela. Eu.

Ela não queria e nem pretendia me dividir com ninguém, além dos meus pais. Ela realmente era ciumenta ao extremo, e era com tudo e com todos.

Entendi o lado dela, era carência e ciúmes doentio, eu torci muito pra ser passageiro, mas não foi.

Estava tudo bem entre eu e Dylan, nós estávamos mais próximos do que nunca, e aquilo me alegrava de uma forma indescritível. Porém, Kelly detestava Dylan, e provavelmente qualquer outro garoto que eu pensasse em namorar.

E Se Eu Não Fosse?...Onde histórias criam vida. Descubra agora