CAP 13 ...Os reis cairão...

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"Agora tudo se explica, não é meu pai, nunca foi e nunca será, as lágrimas rolam pelo meu rosto, um abraço apertado da Kênia tenta me consolar, como pode? Como pode? Como pode enganar a todos por todos esses anos enganar a minha mãe e meu pai onde deve estar? Será que um dia irá voltar? Ele a deixou grávida para que o Thomas assumisse o seu lugar, mas essa farsa iria acabar..."

-Irei desmascará-lo!

-Como?

-Irei revelar essa farsa hoje à noite em um jantar real. -falei.

-Mas meu amor, se fizer isso irá destruir a família real.

-Eu sei!

George estava destruído por dentro, ele não pode parar de pensar no assunto a raiva o consome e logo vai embora, ele não sabe o que está havendo com seus sentimentos, às vezes ele sente e em um piscar de olhos os sentimentos vão embora, como se não sentisse nada mais, George não pode julga- ló, pois ainda não lhe foi dada essa autoridade, querendo ou não Thomas se passando pelo Johan foi um bom rei, aliás o povo o adora, é uma pena que não o conhecem de verdade, pois a fraude o derrubaria, a sua mãe o ama pois até hoje ela é enganada e não sabe quem realmente é esse homem que fala ser seu marido, ela o ama e o George o odeia cada vez mais...

-George?? O que pretendes fazer? -perguntava a Kênia com medo do que passava por sua mente.

"Kênia até hoje nunca havia visto George naquele estado, por dentro ele sofria, mas a vontade de se vingar o fazia querer continuar, ela estava deveras preocupada no fim que aquela história poderia tomar."

- Kênia, esta noite a realeza estará reunida no jantar, estará o Thomas, a minha mãe, minha irmã, o conde e a condessa, não tem um momento exato, mas essa história não passa de hoje querida, vamos fazer justiça em Bamberg. -falei com um tom de voz confiante.

-Será sim uma boa coisa a fazer?

-Querida... Não conhecemos aquele homem. -sai e a deixei.

-E quem é você? -sussurrou.

"...George sabia, ele estava realmente se precipitando sobre aquele caso, mas às vezes a verdade tende a vir à tona, seria maldade, talvez, ou não! Já que o Thomas não liga para o que ele sente, ou deve sentir, as pessoas são literalmente como águas, elas levam, levam e levam, até o ponto de se encher por completo e transbordarem, assim somos nós, só o que falta é transbordar..."

 

(*Pequeno trecho do antigo diário da Kênia. * )

O jantar está servido, soou a voz que tirou George dos seus profundos e perdidos pensamentos, a mesa estava magnífica, cheia e farta! Embora seja talvez uma última ceia real... Vários rostos felizes, conversa vai, conversa vem e já estavam todos servidos... Thomas estava andando a beira do precipício, mas não sabia ainda.

-Johan, a ponte que estais a construir em meio ao rio que corta a cidade é um bom empreendimento, vai alegrar o povo e trazer boas novas a essa cidade, fico feliz pela sua decisão, sempre pensando no povo. -falou o Conde.

Raberg - Séculos de Desumanização.Onde histórias criam vida. Descubra agora